Rafael Mário da Silva (37) trabalha como ambulante há 15 anos na calçada do terminal urbano. Depois de ficar 23 dias com o carrinho fechado, ele retomou as atividades na rua Benjamin Constant, mesmo com liminar judicial determinando reintegração de posse por parte do poder público.
Rafael Silva e outros dez vendedores mantém o trabalho ilegal no entorno do terminal.
Nesta quinta-feira (8), durante sessão da Câmara de Londrina, Silva pediu ajuda dos parlamentares. De forma humilde e precária, apresentou maquete para readequação dos carrinhos de lanches no local. Os ambulantes pedem o fechamento da Benjamin Constant. "Um amigo nosso fez esse projeto. A finalidade é fechar a Benjamin Constant, entre a João Cândido e São Paulo, para dar maior segurança aos pedestres. Também queremos retirar o estacionamento de carga e descarga. Assim, a calçada pode ser ampliada para 5,70 metros", explicou.
Ao lembrar dos problemas, Rafael Silva se emociou. "Sofremos muito com essa dificuldade. Na quarta-feira tive que reabrir meu carrinho pelos meus filhos, que pediam comida e eu não tinha o que comer", disse em lágrimas.
A vereadora Sandra Graça (PP) apoio os ambulantes. "Nós nos solidarizamos com vocês. Precisamos de um projeto para nossa Londrina. Que nós possamos, a partir desta maquete, otimizar aquele espaço", disse.
Gafe
A gafe do encontro ficou por parte do presidente da Câmara, José Roque Neto (PTB). Ele chamou o vendedor de "representante dos vereadores ambulantes". Logo após a fala, pe. Roque foi corrigido por colegas. "Não, eu quis falar vendedores ambulantes. Eu falei vendedores ambulantes", em meio a risos.