Segundo levantamento, dos 200 barracos da ocupação Nossa Senhora Aparecida, 50 foram atingidos parcialmente e 10 totalmente destruídos
A Defesa Civil continua hoje (16), realizando o levantamento dos prejuízos causados pelas chuvas e ventos em Londrina. Conforme o coordenador do serviço, João Verçosa, a ação está mais focada na ocupação do Nossa Senhora Aparecida, que fica ao lado do jardim São Jorge, na região norte da cidade.
Segundo ele, os números finais podem levar até dois dias para serem concluídos, dependendo das chuvas das próximas horas.
Verçosa informou que todas as famílias que perderam suas casas estão abrigadas em casas de parentes, amigos, nas proximidades da ocupação. "Apesar da Prefeitura ter oferecido hotel, sede de escola, Cras, eles preferiram ficar nas proximidades da ocupação para cuidar dos pertences que sobraram na destruição", declarou.
A Defesa Civil está oferecendo cobertores, colchões, telhas e madeiras para que estas famílias possam reconstruir o barraco na ocupação e para as famílias que tiveram parte do barraco perdido, lonas. "Provisoriamente é o que podemos fazer. É uma situação temporária. Estas famílias terão prioridade nas casas que estamos construído por meio do Minha Casa Minha Vida e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS)", afirmou Verçosa, que também é presidente da Cohab.
Além das famílias do Nossa Senhora Aparecida, outra ação forte da Defesa Civil é o encaminhamento de lonas para 65 famílias de índios da reserva do Apucaraninha, a pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai).
A Secretaria de Assistência Social e o Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar) também está atuando no sentido de atender as famílias atingidas pela chuva. Segundo a assessora da secretaria, Maria Lucimar Pereira, foram distribuídas cestas-básicas, cupom-alimentação, cobertores e roupas, além de articular as famílias que perderam seus barracos a encontrar abrigo. "O CRAS – norte A, que fica no conjunto Chefe Newton esteve presente acompanhando as famílias do Nossa Senhora Aparecida", afirmou.
Árvores
A Secretaria do Ambiente continua o trabalho de remoção das árvores que caíram na cidade. De acordo com o secretário Carlos Levy são cerca de 40 trabalhadores distribuídos em seis equipes que atuam na remoção das árvores consideradas emergenciais, que são aquelas que caíram sobre casas ou que interromperam o fluxo de veículos, por exemplo. "Ao todo são umas 20 nestas situações e a previsão é encerrar este serviço hoje", declarou o secretário.
Levy informou que ainda devem ter cerca de 200 árvores para serem retiradas e que os servidores vão continuar os serviços no final de semana. "Foi o pior vendaval do ano", apontou. Cada equipe da secretaria tem até dois operadores de motoserra.