O advogado Guilherme Espiga, que defende Alexandre Ferreira, 29 anos, um dos acusados de planejar o atentado que vitimou o agente penitenciário Thiago Borges de Carvalho em dezembro de 2016, na zona sul de Londrina, encaminhou resposta à juíza da 1ª Vara Criminal de Londrina, Elisabeth Kather, questionando a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra Ferreira e mais seis pessoas.
A defesa de Ferreira classificou o inquérito policial como um "equívoco". "Os investigadores tinham a certeza do envolvimento de oito ou nove pessoas no homicídio, mas o Ministério Público denunciou apenas sete. Isso só vem reforçar a tese de que o Alexandre não tem participação alguma no fato", afirmou Guilherme Espiga.
No pedido enviado à 1ª Vara Criminal, o advogado pede a absolvição de Ferreira. "A afirmação da Sesp [Secretaria Estadual de Segurança Pública] de que o meu cliente faz parte do PCC não tem o menor sentido. Ele é trabalhador, tem bons antecedentes, é inocente e está sendo confundido com outra pessoa. Sabe-se lá qual tática de investigação foi aplicada", criticou.
Com base no inquérito da Delegacia de Homicídios de Londrina (DHL), o promotor Ricardo Domingues considerou a existência de um grupo criminoso responsável pela emboscada que matou Carvalho. O servidor, junto com mais três agentes, tinha acabado de sair de uma vistoria na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2).
Para o MP, Ferreira, dentro do esquema, recebeu ordens de Welber da Silva Conceição, tido como membro do alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC), para executar o crime contra o agente penitenciário. Ele teria convocado mais cinco rapazes para executar o crime.
Em nota, a Sesp apenas informou que, "no caso mencionado, os trabalhos da Polícia Judiciária foram concluídos. Caberá ao Poder Judiciário analisar a denúncia e fazer o julgamento devido".