A defesa da vereadora eleita e protetora de animais Anne Moraes deve entrar com representações contra o que considera excessos dos órgãos de fiscalização durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na sede da ADA (Associação Defensora dos Animais), no distrito da Warta, na zona norte de Londrina, na última sexta-feira (13). Na data, a presidente da entidade foi encaminhada à delegacia detida por crime ambiental após ossadas de animais terem sido encontradas enterradas no terreno.
Ela foi liberada após pagar uma fiança no valor de R$ 1,5 mil. “Foi uma aberração tudo o que aconteceu envolvendo o nome da vereadora eleita. Inclusive, vamos pedir providências dos órgãos fiscalizadores. Vamos protocolar pedido no conselho do Ministério Público, nas corregedorias dos agentes que estiveram realizando o ato, vou informar o juiz criminal da bagunça que promoveram no cumprimento da ordem expedida por ele. Deixaram animais desenterrados, não a orientaram sobre o que deveria ser feito, destruíram alambrados”, elencou o advogado Mário Barbosa.
Participaram da verificação na semana passada o Ministério Público, IAT (Instituto Água e Terra), Sema (Secretaria Municipal de Ambiente) e Polícia Ambiental. “Vamos tomar as medidas para que sirva de exemplo para a sociedade que o poder público pode muito, mas existem limites”, criticou.
Leia mais:
Concha Acústica de Londrina tem história contada em livro que será lançado nesta sexta
Folia de Reis e Bruno Bonafini encerram apresentações natalinas no santuário
Obra pode afetar abastecimento de água no Distrito de Guaravera na terça-feira
UEL e UEM são destaques em ranking internacional de sustentabilidade
De acordo com Anne, nada do que foi constatado seria uma novidade para os órgãos de fiscalização. “Estou fazendo notificações sobre a situação que está o abrigo desde 2022, alertando CMTU, MP, prefeitura. Achei demais (o que fizeram)”, classificou. “O abrigo está de forma precária devido à falta de condição, mas tenho notificado todos”, garantiu.
Há cerca de duas semanas, durante uma outra operação, carcaças de animais já tinham sido localizadas no lugar. “Encontraram o óbvio, não tinha necessidade de cavar. Moro na zona rural, o animal morre, a gente enterra. Se for de chácara em chácara vão ver que as pessoas fazem o mesmo. Não foi novidade para ninguém”, defendeu-se.
INVESTIGAÇÃO
O caso envolvendo a ADA e os supostos crimes envolvendo a vereadora eleita seguirão sendo apurados pelo 6º distrito policial, como a higiene do espaço, o prazo de validade dos medicamentos, condição dos animais e os resíduos enterrados.
CONTINUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA.