O delegado de Ibiporã (14 km a leste de Londrina) José Antonio Zuba de Oliva tem fortes suspeitas que o estudante Alexandre Viscardi, de 17 anos, morto na tarde de domingo após um acidente na Estrada do Limoeiro durante o 1º Jipe Raid do Faroeste (prova de regularidade ocorrida no final de semana em estradas rurais da região), estava dirigindo o utilitário Engesa no lugar do irmão Adolfo, de 18 anos, quando houve o capotamento do veículo.
Se a informação for confirmada pelos laudos do Instituto de Criminalística de Londrina e pelo Instituto Médico Legal (IML), Adolfo pode ser responsabilizado judicialmente por entregar o veículo a pessoa não-habilitada. Mesmo se não for comprovado este delito, Adolfo corre o risco de responder na Justiça por homicídio culposo, embora as chances de condenação sejam mínimas.
O estudante está internado na UTI da Santa Casa de Londrina com queimaduras em 50% do corpo, especialmente no tórax. Ele se feriu ao tentar salvar o irmão, que ficou preso nas ferragens. O velório de Alexandre - membro de uma das famílias mais tradicionais da cidade, realizado no ginásio de esportes da Arel, reuniu cerca de 2,5 mil pessoas e o sepultamento, no Cemitério São Pedro (área central), cerca de 300 pessoas. Nas duas celebrações, havia grande quantidade de jovens, principalmente estudantes do Colégio Máxi, onde a vítima cursava o 3º ano do ensino médio.
Para o delegado, que chegou no local logo após o acidente, os dois pilotos aparentemente não usavam capacetes. Para o delegado, Alexandre estaria presumivelmente ao volante, pois foi encontrado preso nas ferragens e com fraturas no braço e na perna direitos.
* Leia mais em reportagem de Lúcio Flávio Moura na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira