A Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina) está trabalhando em um projeto para instalação de câmeras de monitoramento e alarmes nos cemitérios de Londrina. Nos últimos dias, dois túmulos foram violados no cemitério Jardim da Saudade, na zona norte da cidade.
Segundo o superintendente da Acesf, Péricles Deliberador, a segurança dos cemitérios é feita pela GM (Guarda Municipal), que tem dificuldade para monitorar todos os espaços públicos da cidade. "Quem presta segurança é a Guarda Municipal. São mais de 500 prédios públicos em Londrina, cinco cemitérios na cidade, mais oito na zona rural, e não tem guardas suficientes para cuidar de tudo. O que nós (Acesf) podemos fazer é encaminhar projetos para os órgãos públicos", explicou.
De acordo com Deliberador, um desses projetos está sendo desenvolvido pela CTD (Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento), empresa ligada ao governo municipal que presta serviços na área de tecnologia. "Existe um projeto para a instalação de câmeras de segurança, alarmes e radares nos cemitérios. O projeto se encontra na CTD, que vai avaliar como isso deve ser feito, onde colocar as câmeras, em quais cemitérios. Isso deve ficar pronto ainda em abril", afirmou. Depois de concluído, o projeto deve seguir para aprovação das autoridades públicas, entre elas o prefeito Marcelo Belinati. Por isso, ainda não há um prazo para a execução dos serviços.
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Nos últimos dias, o debate sobre a segurança dos cemitérios voltou à tona após dois casos de violações de túmulos registrados no cemitério Jardim da Saudade. Na madrugada de segunda-feira (28), a sepultura de um homem foi aberta e, na semana passada, o túmulo e o cadáver de uma senhora de 82 anos teriam sido violados.
De acordo com a Acesf, as famílias foram avisadas sobre as violações e os caixões foram recolhidos e novamente sepultados. A Polícia Científica fez exames junto ao corpo da mulher de 82 anos para averiguar a suspeita de violação do cadáver, mas a Acesf ainda não recebeu os resultados da perícia.
Segundo Deliberador, casos de violações de túmulos não são recorrentes, e não eram registrados em Londrina desde 2019. No entanto, são frequentes os casos de furtos de lápides e placas de metal das sepulturas nos cemitérios da cidade.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.