Com a suspensão da fabricação e venda da única vacina contra a leishmaniose autorizada no Brasil para o controle da doença em animais, é ainda mais importante orientar tutores nos cuidados para prevenção desta importante zoonose em animais.
Considerada um problema de saúde pública no País, a leishmaniose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário do gênero Leishmania, que afeta tanto humanos quanto animais, como cães. A transmissão somente ocorre por meio da picada de insetos vetores fêmeas infectados, conhecidos como flebotomíneos ou “mosquito-palha”. A Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose é celebrada em agosto.
Existem diferentes tipos de leishmaniose, sendo os principais a leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, e a leishmaniose tegumentar. Segundo o Ministério da Saúde, a leishmaniose visceral é endêmica em 76 países, e, conforme aponta a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil está entre os cinco países que concentram 90% dos casos relatados.
A leishmaniose visceral afeta órgãos internos, como o fígado, o baço e a medula óssea. Se não for tratada, pode ser fatal. Os sintomas incluem febre intermitente, perda de peso, fraqueza, anemia e aumento do baço e fígado. É considerada uma doença negligenciada e é mais comum em regiões tropicais e subtropicais, especialmente em áreas rurais e pobres.
Já a leishmaniose tegumentar afeta principalmente a pele e as mucosas. Ela pode causar úlceras na pele e danos às mucosas nas áreas afetadas, como nariz, boca e garganta. A LT não costuma ser fatal, mas pode deixar cicatrizes permanentes e causar graves impactos na qualidade de vida.
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