O advogado Paulo Ascenção, que representa a família da jovem Juliana Leite Rangel, baleada em operação da PRF, afirmou nesta terça que irá processar a União por danos morais e materiais.
A ação também deve incluir o pai da jovem, que foi atingido de raspão em um dedo e deve ficar afastado de suas atividades como mecânico.
De forma mais imediata, o advogado disse que entrará com um pedido de liminar nos próximos dias na Justiça para que a jovem seja transferida para uma unidade de saúde particular de referência na capital fluminense.
Juliana segue internada em estado gravíssimo no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Familiares da jovem estiveram mais cedo na unidade, mas quem segue acompanhando o estado de saúde dela no local é o advogado.
Policiais afastados
Os policiais rodoviários federais foram afastados pela corporação. A informação foi confirmada hoje pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), que não informou, no entanto, quantos são os agentes afastados.
Juliana Leite Rangel levou o tiro durante uma operação da PRF na rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias. Ela seguia para Niterói, onde passaria a ceia de Natal com a família.
"Já foram metendo bala em cima do meu carro", disse o pai da jovem, Alexandre Silva Rangel, 53, em um vídeo que circula nas redes sociais. Ele, que dirigia o veículo, contou que, assim que ouviu a sirene da viatura, deu seta imediatamente indicando que iria encostar o carro.
"Acertou um tiro de fuzil na cabeça da minha filha", disse Alexandre. Ele mostrou que o mesmo tiro passou de raspão em seu dedo.
Os policiais confirmaram que fizeram os disparos, segundo a Globonews. Em nota, a PRF lamentou o episódio e informa que "acompanha a situação e presta assistência à família da jovem" e que colabora com as investigações.