A Justiça Militar da União prorrogou o inquérito que investiga o furto do 21 metralhadoras do arsenal de guerra em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, no ano passado.
Caso é investigado há três meses e foi prorrogado "em caráter excepcional", disse o Comando Militar do Sudeste em nota. Segundo o órgão, o caso demanda "a produção de muitos elementos e do retorno de informações e pesquisas".
Inquérito militar corre em sigilo. O Exército disse que vai informar as atualizações "com oportunidade" assim que terminado o processo.
Até o momento, 38 militares foram punidos administrativamente, com prisão disciplinar que varia de 1 a 20 dias. Eles ainda são investigados criminalmente, e podem responder por peculato, receptação e extravio.
Vinte e uma metralhadoras foram furtadas do arsenal de guerra em Barueri em 7 de setembro do ano passado. As câmeras de segurança foram desligadas, e o sumiço das armas só foi notado mais de um mês depois, em 10 de outubro.
Eram treze metralhadoras .50 e oito de calibre 7,62. O armamento .50 é capaz de derrubar helicópteros e perfurar veículos blindados, por exemplo.
Dezessete armas foram recuperadas. Oito foram encontradas em uma comunidade na zona oeste do Rio de Janeiro, e nove em São Roque, no interior de São Paulo.
As armas estariam sendo negociadas pelas duas facções do crime organizado do país, o PCC de São Paulo e o Comando Vermelho, do Rio, disse a Secretaria de Segurança do governo paulista depois da apreensão.
Após o furto, o comando do Exército trocou o diretor do arsenal de guerra de São Paulo, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista. O coronel Mário Victor Vargas Júnior assumiu o posto.