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Empresários reclamam da falta de infraestrutura em Parque Industrial na zona leste de Londrina

06 mar 2024 às 18:48

São cerca de 27 anos de existência, mas ainda sem infraestrutura. Essa é a situação do Parque Industrial Buena Vista, em Londrina, à margem da BR-369, na região leste, perto da Ceasa (Central de Abastecimento do Paraná). A área que tem aproximadamente 100 empresas demanda de melhorias básicas, como o asfalto, construção de meio-fio e até mesmo a instalação de rede de galeria pluvial e de esgoto. No total são 180 lotes.


As ruas do parque misturam terra e pedra, com diversos pontos apresentando valetas, que dificultam a circulação de veículos, principalmente caminhões. “Quando está seco tem poeira, quando está chovendo é barro. São as empresas que compram pedra para colocar em frente. Já teve caminhão que ficou encalhado e foi preciso os empresários contratarem um trator para tirar”, relatou Joel Aparecido Dias de Moraes, gerente de uma indústria de perfis de alumínio e acessórios instalada no lugar há seis anos.


Outra dificuldade é o acesso, já que as pessoas precisam passar por Ibiporã para conseguir retornar e entrar no parque. Além disso, os ônibus do transporte coletivo não circulam no local. “Nem motorista de aplicativo aceita vir aqui. Os funcionários são obrigados a cruzar a rodovia, que não tem passarela, para poder chegar para trabalhar e ir embora”, lamentou. A estimativa é que são gerados dois mil empregos diretos.


O empreendimento foi construído por uma loteadora particular em 1997. “Quando todos compraram os lotes a loteadora não avisou que estava vendendo mais barato porque não ia ter asfalto. Na prefeitura, entra e sai prefeito, e sempre cai no mesmo assunto, que é a alegação de que as pessoas sabiam que não ia ter asfalto, porém, o erro foi do município em liberar o loteamento sem infraestrutura”, criticou o presidente da Associação dos Empresários do Parque Buena Vista, Valdecir Moura.


‘JOGO DE EMPURRA’


O cálculo da entidade é de que as empresas instaladas no bairro geram mais de R$ 5 milhões em tributos municipal, estadual e federal por mês. “Tentamos falar com o poder público, mas fica um jogo de empurra. Independentemente de quem construiu, as indústrias daqui estão gerando ICMS, PIS, Cofins, Imposto de Renda, pagam IPTU, geram empregos. Mas nem o poder público municipal, estadual ou federal fazem uma obra para promover melhorias”, criticou Moraes.


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