Candidato a prefeito pelo PMDB, Luiz Eduardo Cheida participou da sabatina promovida pela ACIL, na manhã desta sexta-feira (27), respondendo às perguntas da entidade e público. Veja os principais trechos da sabatina do terceiro candidato que participa do evento "Sua Excelência, o Eleitor".
Por que ser prefeito?
Eu era estudante de medicina, estava no 3º ano, e o Dr. Milton me convidou para fazer atendimentos no Posto de Saúde de Cambé. Eu disse que não iria porque não me sentia preparado. Dessa mesma maneira, não me candidataria se não me sentisse preparado. Londrina faz parte da minha vida intrinsecamente, é doloroso ver a cidade ter qualquer tropeço. Quero cuidar de Londrina, ninguém é capaz de tudo sozinho e por isso pretendo administrar com pessoas capazes.
Industrialização
Quando fui prefeito criei a Lei de Incentivo à Industrialização. Por ela muitas empresas se instalaram na cidade e fizemos também o Plano de Desenvolvimento Industrial, junto com a ACIL na época. O sonho de qualquer prefeito é ver a cidade crescer, a renda média aqui é de R$ 1.400 e em Maringá é de R$ 1.800. Sabemos que indústria gera renda, é preciso romper a ideia de que Londrina não precisa se industrializar. Vamos investir em educação para mão de obra qualificada. Falei com Beto Richa, vamos comprar área de 300 alqueires na zona rural e instalar uma zona industrial para empresas locais que queiram se expandir e empresas de fora. Será um condomínio industrial com infraestrutura.
Comércio e Serviços
Fico imaginando o que o empresário quer de um prefeito e não tenho dúvida que estabilidade política é uma delas. Além disso, precisamos de segurança patrimonial, pessoal, de lei. A Câmara não pode ser um balcão de negócios. A nefasta Lei da Muralha é um exemplo. Segurança jurídica é fundamental. Precisamos resolver o problema dos estacionamentos, do trânsito, do transporte, do fluxo de pessoas para poder entrar no comércio, olhar, comprar e sair. E o horário do comércio, no meu entendimento, precisa ser flexibilizado. Precisamos que comerciantes e comerciários se entendam para que Londrina cresça.
IPPUL e Codel
Eu criei o IPPUL quando fui prefeito e é uma estupidez ele ter 6 funcionários contratados, Curitiba tem 60 arquitetos. Ele é uma cria minha e ocupará o lugar para o qual foi criado. Quero transformar a Codel em uma agência de desenvolvimento, quem traz indústria para a cidade é o empresário, o industrial. O prefeito tem que ser a liderança que une esses empresários. Penso a Codel onde diretores sejam nomeados pelo prefeito e pela iniciativa privada, ela é o
coração da industrialização, tem que ter busca pró-ativa e não ser reativa.
Guarda Municipal, segurança
Estamos acostumados a ver o prefeito falar que segurança é coisa do 5º Batalhão, da Polícia Federal. O prefeito precisa cuidar das coisas, como iluminação, mato alto, ruas sem saída, educação em período integral, tudo isso também é segurança. Além disso, se eleito, vou sentar toda semana com o 5º Batalhão, polícias Civil, Federal e Militar, Ministério Público, receitas Federal e Estadual, conselhos de segurança, Guarda Municipal e vamos analisar as ações da semana anterior e programar a entrante. A Guarda Municipal vai patrulhar os bairros e distritos e os moradores terão o telefone celular do guarda.
Centro de Eventos
Quando prefeito me fizeram milhões de propostas para construir um centro de eventos, hoje Londrina amadureceu. Conversei com empresários e a ideia é que a prefeitura precisa disponibilizar dinheiro para o projeto e a iniciativa privada vai atrás de verba para a construção. A prefeitura precisa ter política pública positiva para captar eventos, mas não administrar o Centro de Eventos. Temos urgência em construir esse centro e quero no primeiro mês de governo já chamar o pessoal da área para fazer o projeto e vocês vão atrás da captação de recursos. Não vamos mais perder nenhum evento por falta disso.
Saúde
É preciso deixar claro que não falta verba, temos R$ 374 milhões por ano, dinheiro suficientes para ter saúde de excelência, isso sem contar a verba do Governo Estadual. Há 15 anos tínhamos R$ 25 milhões. Crescemos 15 vezes o orçamento e a população não cresceu 20%. Não falta dinheiro, o que falta é o que fazer com ele. Vamos pagar produtividade aos profissionais. Há casos de pessoas que vão 20 vezes ao posto de saúde no mês, isso porque o problema dela não foi resolvido. A população precisa ser melhor atendida, se o problema foi afeto, que seja encaminhado para isso. Se o doente for examinado, teremos economia de exames, de remédio e de tempo. Quanto mais se resolver os casos, mais os médicos ganharão. E queremos voltar com a internação hospitalar e o médico de família.
Cargos comissionados, secretarias
Imagino que não vão passar de 9 secretarias, além da parte indireta (como IPPUL, Codel, Sercomtel, etc). Sobre os cargos comissionados, o prefeito precisa implementar seu plano de governo e os correligionários ajudam nisso. É preciso deixar claro que cargo comissionado não é cabide de emprego, vamos buscar pessoas capacitadas para isso. A lei de acesso à informação é fundamental. Quando administrei não tinha internet, mas eu fazia o orçamento constar em um computador no saguão da prefeitura e no terminal urbano que marcava a arrecadação e gastos.
Educação
Concordo com a tese de que se melhora o índice do IDEB com pedagogia de qualidade. Se queremos bons políticos, façamos bons cidadãos. Professor tem que ter educação continuada e queremos pagar pela hora-atividade. Os professores também receberão por produtividade. Se não tiver evasão escolar, o comportamento da turma for adequado, aprovação dos alunos, trouxer a família para a escola vai receber por isso. Quero continuar com a educação integral, mas isso é um processo.