O diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR), Ivan Gradowski, acredita que um eventual novo segundo turno para a Prefeitura de Londrina dificilmente ocorrerá antes de fevereiro de 2009. O chamado terceiro turno poderá ser confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se os recursos de Antonio Belinati (PP), que teve o registro de candidatura cassado após a vitória nas urnas, forem desprovidos. A opção por um novo segundo turno foi decidida pela maioria do plenário do TSE, mas a decisão ainda não foi oficializada porque falta o voto do ministro Joaquim Barbosa.
''Uma nova eleição esse ano é virtualmente impossível. A justiça eleitoral fica em recesso entre 20 de dezembro e seis de janeiro. Mas as sessões do TRE só voltarão em 20 de janeiro. Então, me parece difícil (a votação) antes de fevereiro'', afirmou ontem à FOLHA.
Gradowski afirmou também que a partir da consolidação, na terça-feira, do julgamento da consulta administrativa 1.657, que está sendo utilizada pelo TSE para uniformizar os procedimentos em cidades com eleições sub judice, o TRE começou a estudar os trâmites necessários para convocar novas eleições. Ele disse que terá ainda essa semana uma visão mais ''segura'' dos prazos e procedimentos burocráticos.
O procurador regional eleitoral do estado, Néviton Guedes, explicou que caberá ao TRE decidir a data das novas eleições a partir da notificação da Justiça Eleitoral de Londrina. De acordo com ele, o tempo de propaganda eleitoral deverá ser o mesmo do segundo turno realizado em 26 de outubro - de três semanas. ''Em regra, tem que seguir os mesmos passos de uma eleição normal'', disse.
A juíza da 41ª Zona Eleitoral de Londrina, Denise Hammerschmidt, disse essa semana à Folha de Londrina que só vai tomar uma decisão sobre o desfecho das eleições após o julgamento completo da consulta 1.657 - que é oriunda do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI), e dos recursos de defesa de Belinati. Os dois processos foram suspensos na terça-feira por pedidos de vista. O TSE pode retormar o julgamento na sessão de hoje, que começa às 19h00.