No mês de maio, dois dos principais derivados lácteos ficaram mais caros no varejo paranaense: o leite em pó e o leite longa vida, que subiram 1,61% e 5,86%, respectivamente. As informações são do Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelos técnicos do Deral (Departamento de Economia Rural), da Seab (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento).
O principal motivo é o maior custo de produção e o volume de captação reduzido nessa época do ano, o que contribui para elevar os preços pagos aos produtores e, consequentemente, faz com que o consumidor pague mais caro no supermercado. Apesar disso, o documento mostra que, quando comparados a maio de 2023, os valores estão mais baixos.
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Segundo o Deral, é provável que a alta ainda se estenda inverno adentro, o que pode limitar a demanda e diminuir o espaço desses alimentos na mesa da população.
Para o médico veterinário do Deral, Thiago de Marchi, com a previsão de um inverno menos rigoroso e com os menores preços dos grãos em 2024, é provável que os aumentos sejam contidos, diminuindo o risco de atingir patamares como os de 2022, quando o preço do litro de leite longa vida chegou a R$ 6,96 na média estadual, durante o auge da estação.
Suínos
Nos últimos cinco anos, de 2019 a 2024, o Paraná estabeleceu ou renovou parcerias com 13 países que não adquiriram carne suína paranaense em 2018. Segundo dados do Agrostat/Ministério da Agricultura e Pecuário, mais de uma tonelada no acumulado dos cinco primeiro meses de 2024 foi importada.
São eles, em ordem de volume aproximado adquirido em 2024: República Dominicana (647 t), Maurício (292 t), Malásia (168 t), Quênia (81 t), Camboja (78 t), Laos (35 t), Afeganistão (28 t), Guiné (27 t), Timor-Leste (27 t), Tanzânia (26 t), Nauru (23 t), Uzbequistão (20 t) e Dominica (5 t).
Frango
O boletim também analisa dados da Pesquisa Trimestral de Abates de Animais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada em 6 de junho, sobre o abate nacional de frangos de corte.
Os três estados da região Sul, principais criadores e produtores de carne de frango, apresentaram o seguinte desempenho em 2024 (número de cabeças abatidas e volume de carne produzida em toneladas): Paraná (550,742 milhões / 1,182 milhão), Santa Catarina (316,974 milhões / 460,058 mil) e Rio Grande do Sul (189,222 milhões / 329,964 mil).
Trigo e Milho
O plantio de trigo chegou a 91% das áreas, a frente do registrado para o mesmo período em 2023, apesar da seca que atinge boa parte do Estado e dificulta o avanço da semeadura em algumas áreas. A seca também tem se mostrado bastante prejudicial para algumas lavouras, a se destacar os problemas de germinação desuniforme.
Além de dados mundiais e nacionais, o Boletim também traz as perspectivas para a produção de milho no Paraná. O Estado deve fechar a safra com uma produção superior a 14 milhões de toneladas. No último relatório do Deral a estimativa foi de 15,8 milhões de toneladas, sendo 2,6 milhões da primeira safra, já totalmente colhida, e 13,2 milhões da segunda safra que se encontra em plena colheita, porém com produtividades abaixo do esperado em várias regiões do Estado.
Olericultura
O Paraná tem na produção de grãos, cereais e proteínas animais a pujança de seus negócios rurais, gerando em 2023 um VBP (Valor Bruto da Produção) de R$ 197,8 bilhões, provenientes de um universo de atividades agropecuárias.