O mercado financeiro viveu sob forte tensão ontem. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) caiu 3,79%, o dólar comercial fechou a R$ 2,66 e o risco-país superou os 1.200 pontos. A piora da percepção de risco brasileiro é atribuída por operadores às dificuldades do governo de renovar sua dívida, o que abre espaço para especulações sobre a saúde financeira das contas públicas e de um suposto calote.
A Bolsa paulista caiu 3,79% e fechou aos 12.112 pontos, com giro financeiro de R$ 568,091 milhões. É a maior queda desde o último dia 9 de maio, quando despencou 4,08% –dia em que o JP Morgan divulgou relatório sobre um boato de que o candidato José Serra (PSDB) iria cair para quarto lugar em pesquisa sobre sucessão eleitoral.
O dólar variou entre a mínima de R$ 2,628 e a máxima de R$ 2,675, e acabou fechando em alta de 1,95%, cotado a R$ 2,658 na compra e a R$ 2,660 na venda – a maior cotação desde o dia 1º de novembro. No mês, em apenas quatro dias úteis, a moeda já acumula uma valorização de 5,72%.
O risco-país, medida mais ampla da confiança dos investidores externos no país, chegou a 1.215 pontos, um recorde no ano. No final da tarde, o indicador recuou para 1.190 pontos, alta de 5,6% em relação ao fechamento de anteontem. O indicador mede em centésimos de pontos percentuais a diferença entre os juros dos títulos brasileiros e os do EUA.
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