Economia

Teixeira: privatização não trouxe competência ao setor

20 jul 2003 às 17:06

A privatização do sistema de telefonia fixa no Brasil não está sendo capaz de introduzir o fator competência entre as empresas do setor, admitiu neste domingo o ministro das Telecomunicações, Miro Teixeira.

"Existe um abismo entre o que está escrito na Lei Geral de Telecomunicações e a realidade. Não se estabeleceu a competência entre as empresas", disse Teixeira, que reconheceu que o consumidor é o principal prejudicado neste caso.


Teixeira afirmou que os três maiores mercados brasileiros de telefonia fixa (São Paulo, Rio de Janeiro e regiões Sul e Centro Oeste) estão nas mãos de três empresas, que, em suas respectivas regiões, não possuem concorrentes.


"No Rio de Janeiro, as pessoas são clientes da Telemar, em São Paulo, da Telefônica e no Sul, da Telecom. E ponto final. O monopólio é proibido por lei, mas há monopólios locais", afirmou o ministro.


O modelo de privatização do sistema de telefonia tal como foi concebido e executado pela administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso previa um desmembramento regional da ex-estatal deixando o passo seguinte sob responsabilidade das empresas que assumiram o sistema.

Embora não exista uma real concorrência no setor de telefonia fixa, Teixeira destacou que, na área de telefonia celular os resultados são bons, pois há competitividade entre as empresas e maior oferta de serviços.


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