Tecnologia

Vítimas de ransomware podem reverter efeitos de ataque

17 nov 2016 às 19:45

Ataques de ransomware cresceram mais de 100% só no segundo trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano anterior. O dado alarmante, da Intel Security, se traduz em ataques que ocorrem com grande frequência até mesmo na região. Em setembro desse ano, a FOLHA noticiou que pelo menos três prefeituras do Paraná haviam sofrido ataques de ransomware, causando transtornos à rotina da administração.

Ransomware é um tipo de malware utilizado por criminosos virtuais que criptografa os dados do computador da vítima e exige pagamento de resgate em troca da recuperação dos arquivos. A ameaça pode afetar tantos pessoas quanto empresas ou administrações públicas.


A fim de recuperarem seus arquivos, muitas das vítimas se sujeitam a pagar o resgate, geralmente exigido em bitcoins. Para se ter uma ideia, um bitcoin estava cotado em mais de R$ 2 mil reais. Porém, o pagamento de resgate não é garantia de conseguir os dados de volta.


Relatório da Kaspersky Lab de 2016 mostrou que 34% das pequenas e médias empresas afetadas pelo ransomware pagaram resgate, sendo que um quinto delas não conseguiu de reaver seus arquivos. Por isso, a recomendação das empresas de cibersegurança é realizar o backup do computador com frequência para não ficar refém dos cibercriminosos. Para quem não tem o backup dos arquivos afetados, existem ferramentas que podem auxiliar pessoas e empresas a recuperarem seus dados criptografados.


Esses arquivos podem ser encontrados gratuitamente na internet. Mas em julho desse ano, a Polícia Nacional Holandesa, a Europol, a Intel Security e a Kaspersky Lab lançaram um projeto de cooperação chamado "No More Ransom", de combate ao ransomware.


Segundo Bruno Zani, gerente de engenharia de sistemas da Intel Security, o ransomware cria uma "área cinzenta" onde empresas de segurança virtual não podem chegar: os servidores onde ficam hospedadas as chaves de criptografia. Por esse motivo, foi criado o projeto "No More Ransom" para, em parceria com autoridades legais de diversos países, ser possível chegar aos servidores e às chaves para a descriptografia de arquivos de vítimas de ransomware.

Leia mais na edição desta quinta-feira da Folha de Londrina


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