Acostumado há um bom tempo com as mesmas opções de operadoras de celular, o consumidor brasileiro contará com uma adição de peso à lista em 2015, ano em que estreia por aqui a Virgin Mobile, ligada ao conglomerado britânico do mesmo nome. A empresa recebeu, na quarta-feira (28), da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorização para iniciar suas operações em território brasileiro.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Virgin Mobile Latin America (VMLA), Phil Wallace, disse que o início das atividades deve acontecer entre março e junho do próximo ano. "Estamos prontos para o 'rockn'roll'", brincou o executivo. "Temos agora nove meses para os preparativos".
A menção ao rock não é por acaso. A primeira empresa de Richard Branson, fundador do grupo Virgin, foi uma gravadora. A operadora, que mira público jovem, traz uma linguagem pop para o marketing de telecom, chamando seus clientes de "astros do rock" e seus pontos de atendimento ao consumidor de "Rock Center".
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"Nosso foco é o atendimento ao cliente, temos levantamentos ao redor do mundo que mostram a satisfação de quem é nosso cliente", garante Wallace. Em cinco anos, de acordo com o executivo, a Virgin Mobile espera ter abocanhado entre 3% e 4% do mercado nacional. A cobertura começará por São Paulo e Rio de Janeiro, para depois se expandir para "os grandes centros" do Sul e do Sudeste e, numa etapa posterior, para o Norte e o Nordeste. A empresa pretende oferecer, além de planos de voz, dados, para redes 3G e 4G.
Virtual
A empresa irá funcionar como uma operadora móvel virtual, ou seja, que não possui infraestrutura de rede própria. A Virgin irá utilizar a rede da Vivo no País. A filial se chamará Virgin Mobile Brasil e funcionará como subsidiária da Virgin Mobile Latin America (VMLA).
"Uma operadora virtual faz tudo que as outras fazem, do atendimento em loja à cobrança. Só não tem a rede própria", explica o executivo. "Compramos a preço de atacado o espaço nas redes de terceiros e construímos o nosso serviço em cima", explica.
O uso de uma infraestrutura pré-existente fez surgir dúvidas em consumidores se isso não pioraria o serviço de uma rede que já é muito utilizada. "Está em contrato que eles têm de atender nossas previsões de demanda e para esse fim isso estão sendo pagos", respondeu Wallace.
Antes de fechar com a Vivo, líder de mercado no Brasil, a Virgin Mobile conversou com todas as operadoras brasileiras, segundo o executivo. A empresa pertencente ao grupo Telefonica "ofereceu as melhores condições".
De acordo com comunicado da empresa, a Virgin Mobile pretende trazer "ofertas novas e simples" para os brasileiros. Wallace acredita que a chegada da empresa vai estimular a competição no mercado e melhorar os serviços para os clientes. O Brasil será o quarto País da região a receber a operadora, depois de Chile, Colômbia e México.
A Virgin Mobile reforçará no Brasil o incipiente grupo de operadoras móveis virtuais, que é formado por Porto Seguro, unidade da seguradora, e Datora Telecom. Os Correios recentemente também obtiveram autorização para operar telefonia celular. Ao Estado, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, disse que o serviço pode começar no fim deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.