Depois de cerca de 4 horas fora do ar, o Facebook e seus principais aplicativos -WhatsApp, Facebook Messenger e Instagram- ainda não dão sinais de retorno. O apagão se deu em diversas partes do mundo: Brasil, Índia e Estados Unidos foram alguns dos países que registraram queixas dos usuários.
Um pico de reclamações foi captado pelo site Downdetector pouco depois das 12h nas redes sociais.
Perto das 13h, eram cerca de 52 mil reclamações contra o WhatsApp, 15 mil contra o Instagram e 7.500 contra o Facebook, de acordo com o site.
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Desde então, o assunto segue entre os mais comentados no Twitter, rede social independente do Facebook que não caiu e onde a empresa se manifestou para falar que estava "trabalhando para que as coisas voltem ao normal o mais rápido o possível".
Ainda não há explicações oficiais sobre a queda das redes sociais, mas algumas hipóteses estão sendo apontadas.
O site The Verge, especializado em cobertura de tecnologia, afirma que "o problema é aparentemente" o DNS (Domain Name System, ou Sistema de Nomes de Domínio). A sigla denomina um sistema que registra os nomes do site e os seus endereços IP -que são um número identificador.
Quando um usuário digita o site no qual deseja navegar, por exemplo, é esse sistema o responsável por traduzir o que foi digitado para o endereço IP e permite o acesso.
O BGP (Border Gateway Protocol, ou Protocolo de Entrada da Fronteira) também pode ser um dos motivos. Ele é uma espécie de conjunto de regras responsáveis por conectar as redes de internet.
O jornal New York Times, por exemplo, por meio de fontes do departamento de segurança do Facebook que quiseram anonimato, sustenta que a possibilidade de um ataque hacker é improvável. A explicação seria a sincronia da queda das três redes, que possuem tecnologias diferentes.
O jornal americano diz ainda que a plataforma interna de comunicação da empresa, Workplace, também saiu do ar.
Já o britânico Financial Times destaca que o apagão ocorre um dia antes de uma funcionária da companhia testemunhar no Senado americano. Frances Haugen foi a responsável por fornecer os documentos internos da empresa que deram origem a uma série de reportagens do Wall Street Journal.
O veículo afirma, por exemplo, que a companhia estava ciente desde 2019 de que o Instagram, rede social da qual é dona, é potencialmente danoso para a saúde mental de meninas adolescentes.