Após investir cerca de R$ 400 milhões na compra do lote na banda "V1" e seis lotes na banda "P" no leilão das faixas de frequência para o 4G, promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em junho, a TIM assinou contrato com Ericsson, Huawei e Nokia Siemens para prover sua infraestrutura para a tecnologia Long Term Evolution (LTE).
A escolha dos fornecedores está alinhada à estratégia adotada pela empresa no início do ano passado, quando investiu R$ 1 bilhão para modernizar sua rede. Na época, a operadora fechou contrato de três anos com três fornecedores para a infraestruturas GSM e 3G. O diferencial do acordo estava no fato de que cada um dos fabricantes, no caso a Ericsson, Huawei e Nokia Siemens, era responsável pelo atendimento a uma determinada região. Agora, os mesmos parceiros oferecerão infraestrutura LTE nas áreas onde já prestam serviços para a TIM em GSM e 3G.
"À luz da melhor interoperabilidade entre os diversos elementos de rede de um mesmo fornecedor, nossa proposta é promover uma estrutura mais integrada, pensando no aprimoramento contínuo dos níveis dos serviços prestados, além do incremento significativo da eficiência operacional", diz Daniel Hermeto, diretor de suprimentos e logística da TIM Brasil.
De acordo com o termo assinado com o órgão regulador, no último dia 16 de outubro, a TIM irá disponibilizar a infraestrutura digital de nova geração para o atendimento às cidades sede dos eventos internacionais como a Copa das Confederações, em 2013, Copa do Mundo de 2014 e dos demais compromissos firmados. A operadora acredita que a tecnologia LTE terá um longo período de convívio com os serviços de telefonia móvel de Terceira Geração. Por isso, continuará investindo na ampliação das coberturas de todas as suas redes (2G e 3G) para democratizar cada vez mais o uso da voz e dados, com os seus planos inovadores.
Sobre a tecnologia da Quarta Geração - A banda larga móvel ultrarrápida entrou em operação em 2006, na Coreia do Sul, migrando para o padrão Long Term Evolution (LTE), que permite downloads de 100 megabits por segundo (Mbps) no acesso móvel. Hoje, há mais de 40 redes 4G em operação no mundo, que vão conectar 61 milhões de dispositivos móveis até o fim deste ano (maior parte smartphones), chegando a 100 milhões em 2013.
A Rede LTE propiciará à população brasileira novas aplicações móveis, principalmente para serviços de vídeo ou envio de dados em alta velocidade. A taxa de transmissão real estimada para as redes 4G representa acesso até 10 vezes mais rápido do que o alcançado com as atuais redes 3G.
Já nas áreas rurais, as empresas serão obrigadas a oferecer acesso à internet com taxas de transmissão de 256 Kbps de download e 128 Kbps de upload, no mínimo. Nesse contexto, a TIM está dando uma grande contribuição no processo de padronização da faixa LTE em 450 MHz.