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No Brasil

Rede social também serve para vender

Agência Estado
07 ago 2011 às 08:06

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- Reprodução
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Muita gente fala sobre o protagonismo do Brasil em mídias sociais. Segundo a empresa de pesquisas de mercado comScore, 79,1% dos usuários brasileiros de internet visitaram o Orkut em junho, serviço em que o País é líder. Cinquenta e dois por cento usaram o Facebook e 27% o Twitter. Nos microblogs, o Brasil fica atrás somente da Holanda, em que 31,1% utilizaram o Twitter em junho.

Diante desse cenário, as empresas querem que sua presença nas redes sociais deixe de ser somente um canal de relacionamento com os clientes para transformá-la numa ferramenta de negócios. Ainda no início no Brasil, o chamado "social commerce" já é uma realidade em outros países, como os Estados Unidos.

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No mercado americano, uma empresa chamada Payvment é a principal fornecedora de tecnologia para lojas no Facebook. Recentemente, ela lançou um shopping center virtual que reúne mais de 60 mil lojas, criadas por terceiros com o seu aplicativo.

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"A expectativa é que, até 2015, o social commerce alcance um faturamento anual de US$ 30 bilhões nos Estados Unidos, o equivalente a 15% do comércio eletrônico americano", disse Gabriel Borges, fundador da LikeStore, que se inspirou em serviços internacionais como a Payvment para criar uma ferramenta de loja virtual no Facebook para brasileiros. "Nos EUA não é modinha, já pegou."

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A empresa começou um piloto em maio, em que a Show de Ingressos vendeu no Facebook ingressos para o show do cantor Jack Johnson no Recife. Depois disso, abriu um cadastro para interessados, que teve mais de 2 mil inscritos. Entre os que se cadastraram, 960 lançaram suas lojas. A fase comercial, em que qualquer usuário do Facebook pode criar sua loja, conectada ao seu perfil, começa agora.


Experimentação. Nessa fase de testes, o resultado foi limitado. A designer Ana Elise Ferrari levou há um mês sua loja de pingentes e brincos, chamada Capuleto, para a rede social. "Muita gente vem do Facebook e compra no meu site", disse Ana Elise. "Vendas no Facebook mesmo, fiz uma ou duas." Em seu site, normalmente ela faz cerca de 30 vendas nos meses em que faz campanha de e-mail marketing.

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Até quarta-feira, haviam sido feitas 290 vendas pelo sistema da LikeStore, que é gratuito para a criação da loja. A remuneração da LikeStore é de 2% das vendas. A MoIP, que oferece os meios de pagamentos, cobra 5,9% do valor da venda, mais uma taxa fixa de R$ 0,39 por transação.


"No social commerce, o consumidor é exposto a ofertas com a curadoria dos amigos", disse Borges. O comprador pode publicar no seu mural do Facebook as compras que fez, podendo vir a interessar sua rede de amigos.

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Imóveis. Mesmo sem ter uma solução que permita fechar negócios na rede social, a incorporadora Cyrela tem conseguido vender imóveis no Facebook. "O diferencial é que temos um chat integrado", diz Fernando Moulin, gerente geral de e-Business da Cyrela. Com isso, os corretores podem mostrar fotos, passar as informações e marcar a visita para o cliente assinar o contrato.


A primeira venda foi feita em abril, quando um cliente do Paraná negociou pelo Facebook um apartamento em Recife, cidade para a qual estava se mudando. Antes de assinar o contrato, usou o aplicativo da empresa no iPhone para que a esposa pudesse ver fotos e informações do imóvel, já que ela não estava na cidade para visitá-lo pessoalmente.

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A ferramenta de chat foi fornecida pela Direct Talk. "Na minha opinião, as redes sociais servem tanto para vendas quanto para relacionamento com os clientes", disse Marcelo Pugliesi, diretor de novos negócios da Direct Talk. "Não vejo esse encaixotamento."


Mas nem todo mundo é tão animado sobre o social commerce. "Como resultado, a mídia social ainda é um mito", afirmou Leonardo Cid Ferreira, diretor executivo da agência digital AD.Dialeto. "Serve mais para engajamento que para resultado."

Ele destacou, no entanto, que sua agência fez campanhas de vendas de bastante sucesso, mas baseadas em promoções. "As mídias sociais geram muito conteúdo, levam informação aos consumidores e, no longo prazo, acabam gerando resultado." Na visão dele, o social commerce é bom para gerar recomendações de produtos entre amigos.


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