O Google anunciou que o lançamento oficial do polêmico serviço de mapas Street View no Brasil será na próxima quinta-feira (30), em uma entrevista coletiva de imprensa.
O Google Street View é um recurso do Google Maps e do Google Earth que disponibiliza vistas panorâmicas de 360° na horizontal e 290° na vertical e permite que os usuários vejam partes de algumas regiões do mundo ao nível do chão.
Quando foi lançado em 25 de maio de 2007, apenas 5 cidades americanas haviam sido incluídas. Desde então já se expandiu para milhares de localizações.
A companhia promete novidades sobre o produto daqui para frente. Dentre elas, informa o Google, está uma nova proposta para permitir ao usuário ajudar a decidir os próximos lugares que devem ser adicionados ao produto no país.
O Google informou que as imagens serão liberadas gradativamente na própria quinta-feira. Inicialmente, as cidades servidas com o Street View serão São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ), e a cidades do interior desses três Estados. A assessoria de imprensa do Google não soube informar se o serviço será ampliado a outras cidades de Estados brasileiros.
Nem só de tecnologia impressionante é feito o serviço do Google: em julho, 37 Estados norte-americanos anunciaram a investigação sobre o Google devido à coleta de dados pelo Street View, e que ele ainda está em busca de informações sobre se o serviço quebrou leis de privacidade ao capturar informações privadas de usuários de Internet por meio de suas conexões Wi-Fi.
Trata-se de um desdobramento da investigação iniciada pelo procurador-geral do Estado de Connecticut, Richard Blumenthal, no mês anterior. O caso foi à tona no mês de maio nos Estados Unidos.
À época, o Google anunciou que a frota de carros tinha acidentalmente recolhido informações pessoais - que um especialista em segurança disse poder incluir mensagens de e-mail e senhas. O Street View é um serviço de mapeamento de ruas que usa um carro, antenas e câmeras para fotografar os locais por onde o veículo passa.
Segundo o diário econômico norte-americano "The Wall Street Journal", em carta aberta enviada ao Google, Blumenthal pediu detalhes específicos acerca da coleta de dados - o que inclui informações sobre uma possível venda ou uso dos dados coletados.
Blumenthal também pediu ao Google que informasse se o programa de coleta de dados foi testado, quanto tempo o softwares passou coletando dados de sinais específicos - além de divulgar nomes dos empregados envolvidos e suas respectivas explicações sobre o caso.
A companhia reiterou que a coleta se tratou de um "erro", mas que não cometeu "nada ilegal". "Vamos continuar a colaborar com as autoridades pertinentes para responder às suas questões e interesses", disse o Google, em comunicado.
As investigações e pressões sobre questões de privacidade do serviço de mapeamento também se estendem aos países europeus. (Com informações da Folha de São Paulo e da redação do Espaço Vital).