Um novo tipo especialista surgiu na internet para limpar a imagem de seus clientes, acabando com resultados desagradáveis em buscas. Os "gestores de reputação online" se encarregam de providenciar que críticas sejam apagadas da rede. As informações são do The New York Times, publicadas no Brasil pelo jornal Folha de S.Paulo.
Segundo Michael Fertik, executivo-chefe da Reputation.com, empresa da Califórnia que está entre as maiores nesse ramo, "a internet se tornou o recurso obrigatório quando se trata de destruir a vida de alguém online, o que por sua vez significa deixar a vida 'off-line' de ponta-cabeça também". Segundo ele, "as redes sociais, os comentários online e o excesso de compartilhamento na rede criaram uma ameaça à reputação e à privacidade de todos".
De acordo com Bryce Tom, ex-diretor de gestão da reputação online na Rubenstein Communications, uma grande empresa de relações públicas em Nova York, "esse é um setor que já vem nascendo há relativamente algum tempo. Hoje em dia, ele se tornou mais comum".
Garis digitais
Consertar uma reputação online geralmente consiste em enganar os diferentes mecanismos de busca, uma vez que, quando uma infomação está online, é muito difícil apagá-la.
Uma pessoa pode tentar fazer isso sozinha, enchendo a internet com conteúdo favorável, mas essa tática tem limitações, especialmente quando os sites em que se tenta a manipulação (redes sociais) são reconhecidamente populares e otimizados para os mecanismos de busca.
Os gestores de reputação online exploram o modus operandi de buscadores como Google e Bing, que classificam as páginas da web com base na frequência com que recebem links de outros sites.
Para enganar os buscadores, esses profissionais empregam programadores que criam sites fictícios, com links para uma lista de resultados de pesquisa aprovados pelo cliente.
A Reputation.com cobra de US$ 120 a US$ 600 por ano para os casos comuns. "Celebridades, políticos e executivos de alto nível não têm tanta sorte", disse Tom. "Os programas para eles costumam custar em média de US$ 5.000 a US$ 10.000 por mês devido ao maior refinamento exigido e porque os interesses são muito maiores."
"A coisa mais difícil é quando você tem um nome simplesmente muito original", acrescentou Dom Sorenson, fundador da Big Blue Robot, empresa com sede em Utah. (Fonte: Conjur)