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Em média, ficamos um terço do dia conectados ao smartphone

Redação Bonde
30 nov 2015 às 15:03

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- Divulgação
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Quantas vezes por dia você acha que checa seu smartphone? Trinta vezes, cinquenta, duzentas vezes? Pegue qualquer número que lhe ocorreu e multiplique por dois, e assim talvez se aproxime do número real.

Uma pesquisa nova de psicólogos britânicos mostra que os adultos jovens passam aproximadamente duas vezes mais tempo com seus smartphones do que estimam.

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Na realidade, o pequeno estudo preliminar mostrou que esses adultos jovens usam seus telefones em média cinco horas por dia – ou seja, mais ou menos um terço das horas que passam acordados.

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"O fato de usarmos nossos telefones duas vezes mais vezes do que achamos indica que boa parte do uso do aparelho representa comportamentos habituais e automáticos, dos quais não temos consciência", disse ao Huffington Post em e-mail a psicóloga Sally Andrews, da Universidade Nottingham Trent e autora principal do estudo.

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O Richard House, psicólogo britânico que pesquisa os impactos da tecnologia sobre a experiência humana, concordou que muitas vezes se vê um grau importante de inconsciência em relação ao uso de tecnologia.


"É chocante constatar que em média cerca de um terço do tempo que as pessoas passam acordadas é gasto com o smartphone, que é usado em média cinco vezes por hora durante cada hora de tempo acordado", House disse ao Huffington Post em e-mail.

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"Isso sugere que precisamos urgentemente estudar a psicodinâmica dessas tecnologias, em termos da função emocional e possivelmente psicopatológica que estão exercendo na vida das pessoas."


No estudo, os pesquisadores pediram a 23 adultos jovens que estimassem quanto usavam seus smartphones Android durante um período específico de duas semanas, incluindo o total de tempo de uso e o número de vezes que checavam seus telefones.

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Os participantes também responderam a perguntas sobre como o uso do smartphone afeta seu cotidiano.


Enquanto isso, os pesquisadores instalaram um aplicativo no telefone de cada participante.

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O app registrou quanto tempo eles realmente passaram usando o smartphone durante as duas semanas do estudo.


O que os pesquisadores descobriram? Que não havia correlação entre o tempo estimado de uso do smartphone e o tempo real.

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Os participantes checaram seus telefones em média 85 vezes por dia, mais ou menos o dobro do que estimaram.


Os pesquisadores também descobriram que mais de metade do uso feito do smartphone – 55% -- se deu em períodos curtos de menos de 30 segundos de atividade.

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Andrews sugere que esse pode ser um comportamento habitual de muitos usuários.


A pesquisa destaca como, em matéria de uso de tecnologia, os dados relatados pelos próprios usuários, que são os que cientistas geralmente utilizam, podem não ser muito precisos.


Com a necessidade crescente de dados sobre o uso de smartphones e como ele está afetando nossa saúde e nossa função cognitiva, o uso de aplicativos para registrar o uso pode ajudar os cientistas a colher informações mais precisas.


"Considerando quanto tempo usamos o smartphone, é plausível supor que isso vá afetar nossas atitudes, nossos pensamentos e comportamentos", disse em e-mail Caglar Yildirim, doutorando de psicologia na Iowa State University que estuda as interações entre humanos e computadores.


"Esses aparelhos podem ter um impacto sobre o cérebro humano. Se esse efeito é benéfico ou prejudicial depende de como você usa o smartphone e para qual finalidade o usa."


Pesquisas mostram que o uso de tecnologia pode prejudicar a atenção, produtividade e memória, reduzir o pensamento criativo, elevar o nível de estresse, prejudicar a qualidade do sono e levar a "erros cognitivos", como esquecer reuniões e colidir com pessoas.


"Com base em nossos dados, é difícil dizer que efeitos isto vai ter sobre a cognição, mas pesquisas recentes sugerem que a disponibilidade constante do smartphone limita a qualidade analítica e a intuitiva do pensamento e raciocínio das pessoas, porque tudo pode ser procurado no Google", disse Andrews.


É claro que o uso frequente do smartphone, visto isoladamente, pode não ser uma coisa negativa. A psicóloga traçou uma distinção entre o uso constante do aparelho e o uso problemático.


A medição do uso problemático é baseada em quanto esse uso parece estar prejudicando a qualidade de vida do indivíduo. E quaisquer desvantagens precisam ser contrabalançadas com os muitos benefícios da tecnologia.

"Para resumir, não é preto ou branco", disse Yildirim. "Precisamos nos deter mais sobre os tons de cinza, tomar consciência do uso que fazemos do smartphone e de como isso afeta nossa vida."
(com informações do site Brasil Post)


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