Uma nova forma de se comunicar está cada vez mais ganhando campo na vida da população. Com a internet, surgiram às redes sociais que mudou a forma de trocar informações. Hoje crianças que mal conseguem escrever já participam das mídias sociais. Adolescentes chegam a ter cinco tipos de cadastros para conversar com colegas. Como e o caso da menina Emanuelly Krefta, que com 10 anos de idade já tem três contas em site de relacionamento. "Eu passo quatro horas na frente do computador falando com minhas amigas e vendo fotos no Facebook e quando não estou no PC, troco mensagens através do celular" diz Emanuelly.
E isso não ocorre somente com os jovens, pessoas que nunca tiveram contato com um tipo de mídia, hoje já usam algum tipo de meio digital para comunicar com familiares e amigos. Seu Orácio Gomes, 60 anos, fala com seu filho em Portugal através do MSN. "No inicio achei difícil, era muito botão para apertar, mas logo me acostumei e hoje com a webcam ficou tudo mais fácil posso ver e falar sem escrever, isso e maravilhoso", diz Orácio.
Mas não são todos que conseguem se adaptar às novas tecnologias. Alguns por não ter acesso a um computador, já outros por não gostar da mudança, como é o caso da dona Terezinha Dassi, relata. "Eu sou da época da carta que a gente escrevia para uma pessoa e ficava até meses esperando a resposta".
O desenvolvimento das tecnologias digitais e a profusão das redes interativas, quer queira ou não, colocam a humanidade diante de um caminho sem volta: já não somos como antes. As práticas, atitudes, modos de pensamento e valores estão, cada vez mais, sendo condicionados pelo novo espaço de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores: o ciberespaço.
Esse é ponto de partida de Pierre Lévy para estudar as implicações culturais engendradas pelas novas tecnologias de comunicação e informação. Cibercultura, lançado em 1999 no Brasil, é resultado de relatório encomendado pelo Conselho Europeu, dentro do projeto "Novas tecnologias: cooperação cultural e comunicação".