Os empresários varejistas do Paraná estimam que as vendas de Natal neste ano devem ficar no mesmo patamar que o do ano passado, ou no máximo 2% a mais, segundo levantamento feito pela Associação Paranaense dos Supermercados (Apras). Mesmo sem grandes expectativas, vão ser contratados 2 mil trabalhadores temporários em todo o Estado para as festas de fim de ano, segundo o presidente da Apras, Joanir Zonta.
A estimativa de vendas, de acordo com Zonta, é uma visão "realista" da atual situação ecônomica. "Além disso o consumidor está mais consciente na hora de comprar", afirmou. No ano passado, o varejo no Estado teve faturamento de R$ 5,2 bilhões. As vendas em dezembro são 30% maiores em comparação com os outros meses, mas Zonta não soube precisar de quanto foi o faturamento do Natal passado.
O setor varejista do Paraná segue uma tendência nacional verificada por pesquisa feita pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O levantamento, feito com 50 empresas de todo o Brasil que somam quase 50% das vendas do setor, mostra que 65% deles vão manter suas encomendas nos mesmos patamares das praticadas em 2000. Apenas 20% dos empresários vão encomendar mais produtos, e 15% vão pedir menos. Para 64% dos entrevistados, os consumidores serão moderados neste Natal.
A pesquisa também confirma o que já era constatado pelo consumidor, que os produtos importados vão ficar de fora das prateleiras. As encomendas desses itens caíram entre 15% e 40%. "Desde a alta do dólar em janeiro de 1999 o consumidor vem mudando seus hábitos, e em contrapartida a indústria se desenvolveu bastante e está competindo em qualidade com os importados e com preço menor", avaliou Zonta.
Entre os produtos que devem ser mais vendidos neste Natal estão as bebidas. A maior parte dos empresários pretende comprar mais cerveja, refrigerante e vinho nacional do que em 2000.