A cotação da soja produzida no Paraná alcançou o maior valor pago em real pela saca de 60 quilos em comparação a outros mercados produtores.
Informações fornecidas pelo mercado agropecuário apresentam diferenças significativas entre os três Estados do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Mato Grosso e Minas Gerais.
A maior cotação foi registrada no município paranaense de Guarapuava (R$ 53,00), seguida pelas verificadas em Apucarana e Porecatu (R$ 52,50), também no Paraná.
O menor índice do Estado ocorre em Ponta Grossa (R$ 51,00), mesmo assim, superior ao de outras localidades no país.
Entre os Estados avaliados, o Mato Grosso do Sul foi o que mais se aproximou dos valores positivos do Paraná, chegando a alcançar R$ 50,00 pela saca.
O pior desempenho foi verificado no município de São Borja, no Rio Grande do Sul, onde a cotação foi de R$ 46,00.
De acordo com o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, este é o reconhecimento à soja pura produzida no Paraná e à determinação do Governo do Estado em buscar a qualidade do produto.
"Estamos sendo pressionados de todas as formas para liberarmos o embarque de soja transgênica, mas resistimos porque, além de não termos a comprovação de que o produto modificado geneticamente não causa danos ao organismo humano, o mercado mais exigente quer a soja pura", afirma.
A maioria dos países da Europa - explica o superintendente da Appa - rejeita a soja transgênica e, por isso, tem se consolidado como compradora em potencial do Paraná.
"Conquistamos novos mercados, como o Oriente, justamente em função desta proposta, que não é só a minha, pessoal, mas também a do Governo do Paraná", disse.