Na esteira da condenação dos assassinos da missionária Dorothy Stang, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Ouvidoria Agrária Nacional divulgaram números que comprovam a violência no campo em 2005.
Segundo o Relatório Direitos Humanos Brasil 2005, de janeiro a agosto de 2005. Os dados mostram que neste período 28 pessoas foram assassinadas, sendo que em 2004 houve 27 mortes.
De acordo com o documento, o Pará é local mais violento, com 14 assassinatos, seguido pelo Mato Grosso, com três. Os estados da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Maranhão tiveram, respectivamente, duas mortes cada. A CPT também registra 27 tentativas de assassinato, 114 ameaças de morte, 2 pessoas torturadas, 52 agredidas fisicamente, 144 presas e 80 feridas. De janeiro a agosto a Comissão registrou 794 conflitos no campo envolvendo 615.260 pessoas 44% a menos de conflitos em relação ao mesmo período de 2004 e 26% a menos no número de pessoas envolvidas.
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Dados da Ouvidoria Agrária Nacional mostram que em 2003 foram registrados 90 assassinatos ocorridos no campo, sendo que 42 foram decorrentes de conflitos agrários. Já em 2004, o número reduziu para 60 assassinatos no campo, sendo 16 por conflitos agrários.
Este ano, até o final de novembro, o número de assassinatos cresceu, segundo a Ouvidoria, para 72. No entanto, o número de mortes decorrentes de conflitos agrários reduziu para 13. Ainda estão em apuração 24 casos.
Informações da ABr