O produtor de soja, especialmente os que têm produto disponível, tem razões para comemorar. O preço do grão nunca esteve tão bom como agora, em decorrência, basicamente, de três fatores: quebra na safra norte-americana, desvalorização do real e novo aumento nos prêmios de exportação do grão, que passaram para 60 centavos de dólar por bushel. A soja é uma commodity cotada em dólar e os preços internacionais têm reflexo no mercado interno.
Os Estados Unidos, que esperavam colher 80 milhões de toneladas, devem produzir em torno de 72 milhões. Também devido à quebra da safra, os estoques mundiais de soja caíram 24% em relação aos últimos anos. Resultado: entre março e a primeira semana de setembro, o preço do da soja no Brasil subiu cerca de 79% em reais e de 33% em dólar, ante um aumento de 20% na Bolsa de Chicago para o primeiro vencimento. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura ''Luiz de Queiroz'' (Esalq/USP). Ainda de acordo com o Cepea, a valorização do grão, em moeda nacional, equivale a uma taxa mensal de 10% ao mês.
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