Pecuaristas paranaenses do segmento de corte se encontram na Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, nesta terça-feira. O encontro, que deve reunir 250 participantes, vai discutir a rastreabilidade e a cadeia produtiva da carne, principalmente na organização do pecuarista para a valorização do produto depois da porteira. "São dois assuntos importantes, que devem ser debatidos devido ao crescimento do mercado nacional e internacional desse setor ", avalia o extensionista Geraldo Moreli, da Emater.
O rebanho de bovino de corte no Paraná passa de 9 milhões de cabeças, que corresponde a 7% do rebanho nacional, de 160 milhões de cabeças. As características da atividade são marcantes pela ocupação territorial com mais de 50% da área agricultável do Estado, em sistema de criação extensiva, proporcionando uma taxa média de lotação de uma cabeça por hectare.
O técnico Geraldo Moreli considera essa relação muita baixa para as condições de clima e solo que potencializam a competitividade paranaense a uma nova meta, podendo dobrar essa taxa de ocupação em curto espaço de tempo. Para obter melhores resultados, os pecuaristas, segundo Moreli, devem adotar as técnicas já consagradas para obtenção de carne de melhor qualidade e com maior regularidade na oferta do produto no mercado.
O mercado consumidor de carne bovina está em expansão e a tendência atual exige uma contrapartida de maior controle na forma de produzir e na qualidade do produto. A rastreabilidade é o acompanhamento desde a geração do bezerro até a chegada no balcão frigorífico de supermercados e açougues, dando garantia de origem do produto ao consumidor.