Rural

Sem oferta, o milho vai ficando mais caro

28 out 2002 às 15:36

Ausência de oferta nas principais praças compradoras do Sudoeste e Oeste do Paraná manteve alto o preço de milho em todo o Estado, esta semana. Na terça-feira, em Cornélio Procópio, Rolândia e Jacarezinho, houve negócios de até R$ 21,00/saca. Este preço - máximo do dia - encostou no preço do mercado de lotes em Cascavel, R$ 22,00. Em Maringá, preço ao produtor ficou em R$ 20,00, com pouquíssima oferta. Em Londrina, R$ 20,80. Em Apucarana preço oscilou entre R$ 18,50 e R$ 19,40. Ivaiporã teve preços ligeiraente abaixo desses níveis. Em Francisco Beltrão e Pato Branco, com pouca oferta, preço ficou praticamente na mesma faixa.

Suinocultores continuam enviando os animais mais cedo para o abate. Perdem no peso mas economizam na ração.


A tendência é de alta para o milho com a perda de grandes áreas plantadas em setembro, por falta de chuva. Nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul - que têm maior consumo e menor produção -, os preços estão mais altos. E no Estado de São Paulo, para o mercado de lotes o preço explodiu no meio da semana. Na região de Campinas o preço da saca de 60 kg, no mercado disponível, foi de R$ 26,70.


Embora haja uma forte pressão de compra no mercado, os produtores de milho se baseiam no fato de que, nos próximos meses, haverá uma disponibilidade ``muito ajustada`` do cereal, segundo análise da FNP. Assim, eles prorrogam a venda da mercadoria armazenada e só vendem o que precisam para pagar despesas. Segundo informações dos agentes de mercado do estado de São Paulo, a maior parte da mercadoria a ser comercializada está nas mãos dos produtores, armazenada nas cooperativas. Os preços da saca de milho assimilaram novos ajustes em diversas praças devido à pressão de compra no mercado dos granjeiros.

A Conab divulgou quarta-feira o primeiro levantamento de safra do ano agrícola 2002/2003. Apontou uma área plantada com milho para a safra verão entre 9,224 e 9,399 milhões de ha, inferior aos 9,439 milhões de ha do ano 2001/2002. O levantamento abrangeu mais de 410 municípios.
A redução de área prevista pelo governo é modesta e evita maiores alardes no setor produtivo de aves e suínos. Segundo a estimativa da FNP, a área de milho da safra verão nos estados do Centro-Sul (regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul) cairá 9% na próxima safra.


Continue lendo