Rural

Seca pára plantio de feijão

14 ago 2001 às 20:56

Os produtores de feijão das regiões Sudoeste e Noroeste do Paraná paralisaram o plantio por falta de chuvas. Essas regiões são as primeiras que plantam o produto no Estado, em função do clima favorável. Conforme acompanhamento da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, não chove de forma satisfatória no Estado há três semanas.

A falta de chuvas está generalizada em todo o Paraná, mas até agora somente o plantio de feijão está prejudicado. A preocupação é que a estiagem se prolongue e comprometa o plantio da safra de verão, que começa a se intensificar no mês que vem.


A previsão do Departamento de Economia Rural (Deral) é que deveriam ser plantados 30 mil hectares com feijão na região Sudoeste. Essa área representa menos de 10% do total que deve ser ocupado com a cultura em todo o Estado, em torno de 372 mil hectares.


O problema é que o plantio nessa região é recomendado somente até o final de agosto. Se passar esse período os produtores vão optar pelo plantio de milho e soja e certamente não terão o mesmo rendimento esperado este ano para o feijão, afirmou a engenheira agrônoma do Deral, Vera da Rocha Zardo. Este ano, embalados pelos bons preços do feijão, os pequenos agricultores do Sudoeste ampliaram a área plantada em 50%, passando de 20 mil hectares ocupados na safra passada para 30 mil hectares este ano.


A vantagem dos produtores é que o feijão plantado em agosto constitui a primeira oferta a ser colocada no mercado ainda em outubro, período que o produto ainda estará escasso e os preços, compensadores, prevê a técnica. Conforme as previsões, o rendimento com o milho não deverá ser compensador este ano e a soja terá rentabilidade favorável somente para as grandes áreas. "Portanto o plantio do feijão era a oportunidade de ganhar mais este ano", disse a técnica.

O preço do feijão este ano está entusiasmando o produtor. Ontem, a cotação do feijão preto fechou em R$ 74 a saca, e do feijão de cor R$ 52 no mercado paranaense. Esses valores superam os custos de produção, calculados entre R$ 30 e R$ 35 a saca.


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