A seca abalou realmente a safrinha de milho no Paraná, que teve sua área de colheita reduzida em 320 mil hectares este ano. Segundo a engenheira agrônoma Vera da Rocha Zardo, do Departamento de Economia Rural (Deral), o momento é de incertezas.
O potencial das lavouras que foram plantadas com atraso e receberam chuvas, ainda está sendo avaliado. 'As chuvas dos últimos dias podem ter afetado as plantações de forma positiva, mas ainda é cedo para conclusões'', disse.
O adversário do produtor não foi apenas a seca. Menor investimento em tecnologia e compra de sementes de baixa qualidade - devido a alta de 60% nos preços dos insumos -, provocaram a queda de produtividade das lavouras.
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Vera ressalta que a colheita da safrinha está estimada em 4 milhões de toneladas, com a produtividade de 3.550 kg/ha.
''A região de Francisco Beltrão foi a mais atingida no Estado, devido a estiagem ocorrida entre os meses de dezembro e janeiro. A previsão é de que haja uma quebra de 55%'', comentou a agrônoma.
No início do mês, dirigentes da Associação Paranaense de Suinocultores (APS) e do Sindicato da Indústria de Abates de Aves (Sindiavipar) encaminharam pedido à Seab para que intermediasse junto ao Ministério da Agricultura e à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Querem a recuperação dos estoques públicos de milho no Estado.
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