Consumidores de Londrina e Maringá tiveram dificuldades de encontrar uvas de qualidade neste final de ano, época de grande consumo de frutas. Não é possível saber nos pontos de vendas qual a origem destas frutas, mas técnicos informam que a safra da Marialva, na região de Maringá, sofreu com falta de investimentos dos agricultores e o excesso de chuvas a partir da segunda quinzena de dezembro do ano passado. Além de uvas rachadas, boa parte da produção está comprometida pela redução dos cachos e até mesmo por manchas na fruta. Outro problema apontado por técnicos agrícolas é com relação à falta de condições adequadas do transporte e falta de cuidados no manuseio da fruta.
Mas não foi só a uva, a manga e os pêssegos que vieram de fora da região também tinham baixa qualidade este ano. Segundo informações de alguns box da Ceasa de Londrina a comercialização de frutas este ano foi menor do que o ano passado, e é difícil um controle de qualidade porque as frutas vem de diversas regiões e de diferentes produtores.
De acordo com o engenheiro agrônomo e chefe da Emater de Marialva, José Odair Mazia, as chuvas diárias a partir do dia 15 até a véspera do Natal ‘encharcaram’ as lavouras e prejudicaram os cachos de uvas. Boa parte da produção ficou comprometida. Em função do excesso de chuvas os cachos de uvas ficaram mais cheios e por isso mais propensos a rachaduras. O transporte inadequado das caixas de uvas e o manuseio sem cuidados também contribuíram, segundo Mazia, para prejudicar ainda mais a qualidade.
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