O governador Roberto Requião disse neste domingo (23), em sua chegada para votar no referendo popular sobre o desarmamento, no Colégio Estadual Julia Wanderley, no bairro Batel, em Curitiba, que existem temas mais importantes para se fazer consulta popular.
"Desarmar a população não tem o menor cabimento", destacou o governador, ao declarar seu voto a favor do "não". Mas o que a maioria dos repórteres queria saber era a sua posição em relação as suspeitas de focos da febre aftosa no Paraná.
Requião conta que, desde o início de seu governo, investiu alto no trabalho de prevenção de doenças e na proteção do rebanho paranaense, atualmente com mais de dez milhões de cabeças de gado. "Compramos cem veículos, contratamos técnicos. Mas nada disso adiantou porque o Governo Federal não fez a sua parte".
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Em maio, na primeira etapa da campanha de vacinação, o Estado atingiu 100% de cobertura vacinal e comemorou o fato de estar dez anos sem nenhum registro da doença em solo paranaense. "O trabalho de dez anos foi jogado fora", lamentou Requião, que acusou o Governo Federal de não ter encarado a questão com seriedade.
A maior prova desse descaso, segundo ele, foi a ajuda financeira de R$ 1,5 milhão que a União destinou ao Paraná para o combate à febre aftosa. Requião considerou a ajuda financeira ridícula face aos investimentos que o Estado terá que fazer para conter o avanço da doença.