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Safra de inverno

Quase metade da safra de milho do País sairá do Paraná

Redação Bonde com AEN
26 mai 2012 às 10:37

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- AEN
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As condições favoráveis do clima estão beneficiando o desenvolvimento das culturas de inverno e da segunda safra de milho no Paraná. Nova avaliação de área e expectativa de produção aponta que o Estado se prepara para colher cerca de 10,2 milhões de toneladas de milho da segunda safra este ano, a maior da história nesse período do ano e 60% superior à safra anterior.

Entre as duas safras do ano serão produzidas 16,7 milhões de toneladas de milho, o que indica que de todo o volume de grão que será colhido na safra 2011/12 no País, cerca de 46% sairão do Paraná. O Brasil deverá produzir em torno de 36 milhões de toneladas de milho em 2012.

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A informação consta no levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, divulgado nesta sexta-feira (25/05). Com a reavaliação das culturas em campo, realizadas neste mês de maio, a expectativa de produção de grãos da safra 11/12, considerando as safras de verão e de inverno, vai a 31,4 milhões de toneladas, acima da expectativa do mês anterior que previa uma produção de 31,2 milhões de toneladas.

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Para o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, se o produtor perdeu com a soja precoce, que foi seriamente prejudicada pela estiagem que aconteceu entre o final de 2011 e início de 2012, agora está conseguindo compensar com o desempenho do milho safrinha, que apresenta condições mais favoráveis de desenvolvimento.

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Na reavaliação, a área plantada com milho safrinha avançou de 1,98 milhão de hectares estimada no mês passado para 2,02 milhões de hectares. O clima está ajudando e a expectativa é de aumento na produtividade, que poderá surpreender se não houver problemas de clima durante os próximos 20 dias. Daqui para a frente, até a colheita que deve se intensificar em julho, o período é considerado suscetível para a cultura por causa da possibilidade de ocorrência de geadas, explicou Simioni.


Feijão

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O feijão da segunda safra já não apresenta o mesmo desempenho do milho, mesmo com a regularização do clima. A cultura foi afetada pela estiagem no início do ano e pelas baixas temperaturas registradas no Sudoeste do Paraná. A previsão aponta para uma quebra de 14% na produção.


A estimativa era colher 404.943 toneladas de feijão da segunda safra, mas devem ser colhidas 346.778 toneladas, uma redução de 58.165 toneladas em relação à expectativa de produção divulgada no mês passado.

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Trigo


Também houve reavaliação da área ocupada com trigo, que aponta uma redução de 25% em relação à área plantada no ano passado. O trigo deverá ocupar em torno de 792.226 hectares, a menor área plantada no Estado nos últimos 25 anos. A produção esperada está em torno de 2,02 milhões de toneladas, 7% menor do que o ano passado. Esse volume só não será menor porque no ano passado teve geadas que prejudicaram a cultura na fase de colheita, disse.

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Comercialização


Com exceção do trigo, cujo reajuste do preço mínimo não convenceu o produtor paranaense, nas demais culturas as cotações superam o custo de produção e muitas vezes estão surpreendendo como no caso do feijão e soja. O feijão de cor está sendo cotado a R$ 165,00 a saca e o feijão preto a R$ 98,00 a saca, que é considerado um preço excelente para o produtor.

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A reação no preço do feijão ocorreu em função na perda de produção ocorrida na segunda safra. A cotação atual é considerada duas vezes e meia o preço da soja e a margem de rentabilidade também supera ao preço da soja, calculou o economista do Deral, Marcelo Garrido.


A soja também está com boa cotação no mercado, sendo cotada a R$ 56,00 no mercado doméstico. Com o fim dos estoques de soja este ano, o mercado acelerou a venda antecipada do grão. Cerca de 15% da safra 2012/13 que ainda nem foi plantada já está vendida. Em anos de comercialização normal esse percentual é alcançado no final de agosto e início de setembro, disse Garrido.


O milho está sendo vendido por R$ 20,69 a saca e a comercialização do grão também está sendo antecipada, situação que normalmente não acontecia em outros anos. Na visão dos técnicos do Deral, o mercado quer se antecipar à ocorrência de possíveis geadas e por isso está fechando contratos antes para não ser surpreendido com reação nos preços, depois.

Além disso, há a tendência de aumento nas exportações de milho. Este ano cerca de 11 milhões de toneladas de milho deverão ser exportadas, e com a possibilidade da entrada de grandes consumidores, como China, União Europeia e Estados Unidos, comprarem mais milho pode ocorrer uma reversão na expectativa de redução no preço até o final do ano, avaliaram os técnicos.


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