Vencidas as dificuldades burocráticas iniciais, o programa Trator Solidário está em franca operação. Até o final do mês de janeiro cerca de 400 tratores do programa Trator Solidário já foram faturados, sendo que desse total 200 unidades já estão pagas e entregues aos agricultores familiares do Paraná.
Para fevereiro, a previsão é faturar mais 200 tratores que posteriormente serão pagos e entregues aos agricultores, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini.
"Esse quadro é uma demonstração que o programa acelerou e caminhamos para a entrega de 500 tratores até o final de março", disse o secretário. Segundo ele, a expectativa é entregar 2.000 tratores até o final de agosto.
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Bianchini destacou a importância da intermediação do governo do Paraná para incentivar a mecanização da pequena propriedade familiar. Ele disse que os agricultores familiares e mesmo os grupos de pequenos agricultores inscritos na Emater-PR estão sendo beneficiados com a compra de tratores com até 35% de desconto em relação aos preços pagos no mercado.
O trator de 75 traçado está saindo por R$ 47.250,00 a unidade e o trator de 55 traçado custa R$ 41.100,00. Esses valores vão vigorar até agosto de 2008 quando vence a primeira etapa da tomada de preços feita pelo governo do Estado junto às empresas fornecedoras. A vencedora do pregão foi a New Holland.
O financiamento para compra do trator pelo agricultor familiar é concedido pelo Banco do Brasil com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Investimentos e pela Agência de Fomento, do governo do Paraná, que garante a equivalência-produto nos financiamentos.
De acordo com o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Simioni, a equivalência em milho assegura aos produtores beneficiários do programa a certeza de saber o valor da dívida desde o início até o final do financiamento.
Segundo ele, no ato da assinatura do financiamento a dívida e o valor das prestações (encargos financeiros mais o valor do bem) são transformados em sacas de milho, com base no preço mínimo estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Sempre que o produtor for liquidar uma parcela, caso ele não consiga obter o montante necessário com a venda do produto no mercado a diferença entre o valor contratado e o resultado da venda do produto será garantida em equivalência pelo Tesouro do Estado. "Ou seja, se os preços do milho caírem o governo do Estado cobrirá a diferença entre as cotações de mercado e do valor da prestação aos produtores", explicou Simioni.
De acordo com ele, foram harmonizadas as arestas entre as várias instituições que compõem o programa Trator Solidário e agora ele está na fase operacional específica, que é a análise de pagamento pelo agente financeiro, emissão da cédula rural, pagamento para a indústria e recebimento do trator pelo produtor.
As informações São da Agência Estadual de Notícias.