Os criadores paranaenses frustrados com a suspensão da realização da Feira do Paraná têm um encontro marcado na próxima terça-feira com os integrandes do Bloco Parlamentar Agropecuário, na Assembléia Legislativa. Eles vão pedir a intermediação dos deputados para uma audiência com o governador Jaime Lerner tentando reativar a Feira Agorpecuária do Paraná.
A Federação Paranaense das Associações de Criadores (Fepac) insiste que o cancelamento da Feira do Paraná foi unilateral e agora os criadores estão levantando os prejuízos causados por essa decisão do governo.
O presidente da Fepac, Ugo Rodacki, disse que não está afastada a hipótese dos criadores recorrerem à Justiça. Para ele, esse recurso será usado em último caso e antes disso tentará todas as formas de diálogo com o governo para que a Feira do Paraná seja realizada no ano que vem. Segundo Rodacki, os recursos investidos na preparação da feira estão sendo computado pelos criadores e a planilha poderá ser apresentada à Justiça.
Ele explica que passagens expedidas para juízes no exterior, compra de troféus, pagamento de inscrição, contratação de transporte são algumas das providências que já tinham sido tomadas pelos criadores, que lembram ainda os meses que foram gastos com a preparação dos animais, seleção e treinamento. "Soma-se a isso, a relação dos prejuízos com a não realização dos leilões e das vendas decorrentes da exposição", acrescentou.
A preocupação da Fepac é com a possibilidade de desativação do Parque Castelo Branco, cuja estrutura está voltada à realização de eventos agropecuários. Segundo Rodacki, ali estão construídas 15 sedes de associações, sob comodato. Os criadores não aceitam a possibilidade de transformar a Feira do Paraná em uma série de eventos menores e justificam: "Grandes negócios se fecham em grandes feiras como Hannover, Expointer, Feira de Londrina e Feira do Paraná".