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Produtores de uva podem economizar R$ 1 milhão com nova técnica

Redação - Bonde
19 abr 2002 às 09:21

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Um projeto de pesquisa financiado pelo Governo do Estado, poderá propiciar uma economia de até R$ 1 milhão para os viticultores do município de Marialva (Região Norte do Estado). A sobra de caixa estimada está relacionada à redução das aplicações de fungicidas convencionais por produtos mais baratos e menos tóxicos para a saúde do agricultor, do consumidor e do meio ambiente.

O assunto é tema de uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e que deverá estar concluída no final deste ano. A pesquisa começou em janeiro do ano passado.

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A princípio, os resultados da pesquisa deverão beneficiar os 750 viticultores de Marialva, responsáveis pelo cultivo de 1,5 mil hectares e por uma produção de 45 mil toneladas colhidas de duas safras anuais. Em seguida, será expandida para municípios vizinhos.

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A área de experimentação é restrita a 0,5 hectare de um terreno arrendado pela Associação Norte-Paranaense de Estudos em Fruticultura (Anpef), prestadora de assistência técnica aos produtores da região, e cedido à UEM. No parreiral, que está produzindo a terceira safra, especialistas dessas entidades e da Emater comparam os programas convencionais de pulverização de fungicidas com métodos alternativos.


O sistema em uso, que deve ser substituído, demanda mais de 30 pulverizações por safra. As aplicações ocorrem nas folhas, antes da frutificação, entre a fase de brotação até o fruto ter o tamanho de um grão de ervilha. Cinco experimentos alternativos estão sendo testados. Um deles elimina 50% das pulverizações de fungicidas químicos e prevê uma aplicação semanal de fosfito – um adubo foliar fosforado de baixo impacto ambiental, que desencadeia a resistência da planta contra a doença causada pelo míldio.

"O resultado final em termos de produção, que não prevê aumento de produtividade, tem sido igual ao proporcionado pelo sistema convencional", explica o coordenador da pesquisa, agrônomo Dauri José Tessmann, que também é professor do curso de Agronomia da UEM. A próxima colheita está prevista para 10 de maio, quando poderão ser conhecidos os resultados dos estudos.


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