Rural

Produtores de leite discutem em Londrina mercado e custos

10 abr 2002 às 16:59

Mais de 500 produtores de leite se reúnem nesta quinta-feira, dentro da programação de eventos técnicos da Feira Agropecuária e Industrial de Londrina, para discutir questões do setor, como sistemas de produção e custos.

"O momento da pecuária leiteira é delicado" diz o médico veterinário Paulo Tadatoshi Hiroki, da Emater, que coordena o encontro. Segundo ele, os preços pagos ao produtor não cobrem os custos. Em média, o preço está variando entre R$ 0,24 e R$ 0,32 o litro resfriado, para um custo de produção que vai de R$ 0,22 a R$ 0,35.


Hiroki explica que a variação de custos depende do sistema produtivo adotado na propriedade leiteira e o nível de eficiência da atividade. Já o preço, varia de acordo com o mercado. O leite integra 250 mil produtores e emprega indiretamente quase 1 milhão de pessoas. O rebanho leiteiro do Paraná é um dos que apresentam melhor qualidade zootécnica no país. O rebanho é composto de gado de diversas raças, com predomínio de sangue holandês.


A produtividade estadual é alta e varia de acordo com o nível tecnológico adotado na propriedade leiteira - no ano passado 1.410.000 de vacas tiveram uma produção média de 1.521 litros/animal/ano. A Emater vem desenvolvendo nas diversas regiões do Estado projetos de apoio à atividade. São os projetos Vitória, em Maringá e Londrina; Qualileite, em Santo Antônio da Platina; Leiter Sul, em Irati e União da Vitória; Proleg, em Guarapuava; Leite verde, em Cascavel; Rendeleite, em Toledo; Arenito, em Umuarama e Leite Sudoeste, em Francisco Beltrão e Pato Branco.


Os cursos realizados na Unidade Didática e de Processamento da Fábrica do Agricultor – instalada no espaço chamado de Via Rural - são os mais procurados entre os eventos técnicos da feira de Londrina. Segundo o técnico Gervásio Vieira, da Emater, que coordena os cursos, a idéia é aprimorar as habilidades dos agroempreendedores em suas áreas de atuação e ainda orientá-los quanto às normas de higiene, local de fabricação, utensílios, máquinas, equipamentos e matéria prima.

Os participantes também recebem orientações sobre a destinação correta dos efluentes e resíduos gerados pelas unidades cadastradas no programa, registros legais e comercialização dos produtos. Para atender todos os interessados, a Emater está abrindo inscrições das novas turmas para cursos programados depois da exposição e que podem ser feitas no escritório instalado na Via Rural.


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