A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) orientam os criadores de gado a vacinarem com mais rapidez os seus rebanhos e pedem que eles ajudem pequenos criadores a fazerem o mesmo. Se o estado conseguir atingir o mais rápido possível o índice de 100% de vacinação, praticamente, conseguirá eliminar o risco de surgimento de focos de aftosa. A campanha estadual de imunização entra hoje no oitavo dia.
"Temos que vacinar já e fazer uma vigilância sanitária eficiente para impedir o transporte clandestino de carne e animais", afirmou ontem o assessor de pecuário da Faep, Alexandre Antonio Jacewicz. Ele participou, em Florianópolis (SC), da reunião das autoridades para discutir o controle do avanço da doença. Jacewicz faz um alerta aos produtores paranaenses: "o momento não é de brincadeira. Temos de vacinar".
Santa Catarina não fará a vacinação do gado por estar prestes a receber a certificação da Organização Internacional de Epizotíase (OIE) de área livre de aftosa sem vacinação. O reconhecimento vem no final do mês. O Rio Grande do Sul imunizará o rebanho que se encontra em 25 municípios da região sul do Estado. O Ministério da Agricultura libertou ontem 4 milhões de doses de vacina, sendo que 1,5 milhão já foram enviadas em avião da Força Aérea Brasileira.
"A situação do Rio Grande do Sul tem de ser um incentivo para nossos produtores vacinarem o gado", afirmou ontem o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. Ele ressaltou que o Paraná não pode colocar em risco as conquistas que obteve. A volta da aftosa representaria o fechamento das exportações de carne do Estado. Koslovski disse ainda que é necessário denunciar casos de contrabando ou entrada clandestina de carne.