Produtores paranaenses de trigo, que fizeram contratos com preços pré-fixados, entre os meses de março e maio, terão prejuízo na hora de entregar o produto. É que preço da saca de trigo que girava em torno de R$ 18,00 e R$ 20,00, quando se firmou o contrato, agora está cotada entre R$ 25,00 e R$ 27,00.
De acordo com o Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), o problema atinge no máximo 10% da safra do Estado (210 mil toneladas). O Paraná apresentou quebra de 12% na safra, devendo colher 2,1 milhão de toneladas. Na região Norte, a seca foi responsável por uma quebra de aproximadamente 30%. Apenas 3% da produção foram colhidos até agora. A colheita deverá se estender até o mês de novembro.
Mesmo tendo aumentado, o preço interno do trigo ainda é bem inferior ao do grão importado. Segundo o técnico da Ocepar, Flávio Turra, em São Paulo a tonelada do trigo importado chega a custar R$ 700,00, o que dá em torno de R$ 42,00 a saca. O Paraná consegue importar a um preço que varia entre R$ 480,00 e R$ 500,00.
Turra explica que a alta no preço do trigo foi motivada pelo aumento do consumo aliada a uma redução expressiva nos estoques, já que vários países tiveram quebra de produção. Soma-se a esses fatores, ainda, a elevação na taxa de câmbio.
Na próxima semana, agricultores e donos de moinhos, além de representantes da Ocepar e da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), devem se reunir para tentar um acordo.
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