Produtores de feijão que começam a colher a safra das águas no Paraná estão frustrados com o preço do produto. Nas três primeiras semanas de novembro, o valor médio recebido pelo agricultor foi de R$ 54,00 por saca de feijão carioca. O preto foi negociado por R$ 58,42. A redução é de 4,7% e 2,2%, respectivamente, sobre a média de outubro.
Os valores garantem pouco lucro sobre o custo operacional de produção, calculado em R$ 52,00 por saca. O baixo consumo pela população e a aproximação do pico da colheita, a partir de janeiro, sinalizam que não há tendência de recuperação do mercado, acredita o engenheiro agrônomo Richardson de Souza, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).
Esse quadro pode mudar se o clima ficar desfavorável e quebrar a safra. Em março deste ano, no pico da comercialização, o feijão carioca estava cotado a R$ 97,00. A queda, até novembro, foi de 44%. No varejo, a redução foi menor: 29%. O preço médio do produto no Paraná, em outubro, fechou em R$ 1,94 por quilo para o consumidor final.
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Para Souza, a conjuntura exige que a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) esteja preparada para a possível desvalorização dos preços. ''Se essa situação se confirmar, será fundamental ações imediatas para aliviar a pressão de oferta no mercado'', defende. Entre os mecanismos disponíveis, ele citou as Compras pelo Governo Federal do feijão produzido pela agricultura familiar e a liberação de Empréstimos do Governo Federal (EGF) para custear o armazenamento e a comercialização da atual safra.
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