Com a sanção da lei que aumenta em 80% os subsídios agrícolas aos produtores norte-americanos, a expectativa agora é com a opção que será feita no mês que vem quando inicia o plantio da safra 2002-2003 nos Estados Unidos. No Paraná, as cooperativas estão de olho nessa opção para planejar a próxima safra, enquanto a Organização Mundial do Comércio (OMC) não decide o que fazer com a decisão dos EUA em elevar os subsídios agrícolas.
O indicativo da legislação norte-americana é que serão dados mais subsídios ao plantio do trigo e milho e menos para o plantio de soja. Ocorre que no caso da soja, houve uma melhora no preço mínimo que subiu de US$ 193 por tonelada para US$ 213 por tonelada, ou seja, esse incentivo pode induzir muito produtor a plantar soja. ''Se isso acontecer, poderá haver uma derrocada dos preços do grão no mercado mundial'', prevê Nelson Costa, assessor econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
O mercado mundial da soja vai depender da opção do produtor norte-americano, que será feita em junho. A partir desse mês, entra mais um ingrediente nas especulações de plantio, antes restritas ao clima e agora em torno da decisão do produtor dos EUA.
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Os técnicos da Ocepar e a Federação da Agricultura do Paraná (Faep) estão participando da equipe de trabalho que está estruturando a interpelação que o Brasil fará na OMC, que é o único fórum que pode aplicar sanções aos EUA. A Faep vai pagar parte das custas para contratação de advogados, estimadas em US$ 400 mil. O custo total será bancado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que já quitou metade desse valor com a contratação de advogados americanos que defenderão os interesses do Brasil, acredita a entidade.