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A partir de novembro

PR já pode ser área livre de febre aftosa sem vacinação

Agência Estadual de Notícias
18 mar 2010 às 21:38

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O secretário Nacional de Defesa Agropecuária Inácio Kroet, fala durante o Seminário Paraná Livre de Aftosa Sem Vacinação, em Curitiba - Roberto Dunke / AENotícias
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O secretário nacional da Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Kroetz, reconheceu nesta quinta-feira (18), em Curitiba, que o Serviço de Defesa Agropecuária do governo do Paraná está capacitado e tem condições de levar adiante o processo de reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação. Com isso, o Paraná poderá suspender já a partir de novembro de 2010 as campanhas de vacinação contra aftosa.

O anúncio de Kroetz foi feito durante o Seminário Paraná Livre de Aftosa sem Vacinação, promovido pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e Federação da Agricultura do Estado do Paraná. Segundo ele, o Ministério da Agricultura comprovou a ausência de circulação do vírus da doença no Estado e reconheceu também que os investimentos feitos pelos governos estadual e federal em Defesa Sanitária Animal resultaram num sistema mais consolidado e altamente vigilante.

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O seminário reuniu o governador Roberto Requião, o presidente da Faep, Ágide Meneguette, o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, o vice-governador Orlando Pessuti e outros pré-candidatos a governador do Estado em 2010. Além do comunicado do status alcançado pelo Paraná, o seminário também teve o objetivo de conseguir o comprometimento dos futuros candidatos a governador que, se eleitos, vão levar adiante o processo de manter a vigilância sobre a sanidade agropecuária no Estado.

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Segundo o Ministério da Agricultura, o processo envolve três períodos de governo: o atual, o governo interino e o próximo governo estadual. Iniciado o processo, o Paraná estará em condições de conseguir o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação em maio de 2011, quando se reunirá os membros da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), informou o secretário Bianchini.

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A medida terá impactos no Estado que, a partir do segundo semestre, substituirá as campanhas de vacinação contra aftosa com um eficiente serviço de vigilância do governo do Estado em parceria com a iniciativa privada. Também haverá restrições para o trânsito e importações de animais oriundos de outros estados que também são áreas livres de febre aftosa, mas que ainda tenha vacinação.


A determinação da Instrução Normativa 44, do Ministério da Agricultura, e que regerá esse processo daqui para frente orienta que não pode haver a possibilidade de circulação de vacina ou do vírus no Estado. As compras de animais deverão ser documentadas e autorizadas pelo Ministério, destacou Kroetz.

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O representante do Ministério da Agricultura disse ainda que o Paraná é um estado com condições de liderar o processo de erradicar a aftosa no País, conforme prioridade estabelecida pelo ministro Reinhold Stephanes, quando assumiu o ministério. "Aqui, o governo do Estado conseguiu se harmonizar com a iniciativa privada para atingir a meta, numa demonstração que o tema é de interesse de todos e que ninguém resolve sozinho", afirmou.


Foi chamada atenção dos produtores paranaenses à responsabilidade para manter a vigilância do status sanitário alcançado. Além dos governos estadual e federal estabelecerem essa prioridade ao direcionar os investimentos, a iniciativa privada também entendeu que o rebanho de bovinos, suínos, ovinos e caprinos no Estado é um patrimônio e deve ser conservado e valorizado.

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Para o secretário Valter Bianchini, o processo de reconhecimento do novo status sanitário trará no curto prazo um impacto econômico positivo para os produtores, porque poderão acessar novos mercados e mais valorizados para a exportação de carne. Para isso, o governo federal investiu mais R$ 20 milhões na modernização da infra-estrutura em sanidade animal no Estado.


O governo estadual vem investindo cerca de R$ 35 milhões por ano para o custeio da Defesa Sanitária Agropecuária, estrutura que envolve mais de 800 funcionários. Só para o Departamento de Fiscalização e da Defesa Agropecuária (Defis), o investimento dói de mais de R$ 4 milhões na modernização do Centro de Diagnósticos Marcos Enrietti.

Ainda como parte dessa reestruturação, foram comprados veículos, aparelhos GPS, de informática e reformados todos os 31 postos interestaduais para agilizar o controle de trânsito animal. Bianchini anunciou ainda que mais quatro postos estão sendo reformados e deverão entrar em operação em breve.


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