Mesmo com a crise de aftosa que atingiu o setor de suinocultura no Rio Grande do Sul (RS), reduzindo em até 25% os preços praticados em maio, Paraná mantém preços remuneradores, principalmente com a redução do preço do milho.
Segundo o Deral, a média estadual no final de abril era de R$ 1,30/kg para suíno vivo; atualmente a média é de R$ 1,19/kg (redução de 9,24%). No RS, os produtores estão recebendo até R$ 1,10/kg - no início do mês a remuneração chegou a R$ 1,45 para os criadores independentes e até R$ 1,38 para os integrados (incluíndo bonificações).
No ano passado, a região Sul exportou 130 mil toneladas (US$ 171,8 milhões), com o Paraná participando com 11% desse total: 15 mil t. Para este ano, a estimativa é exportar 160 mil t, com ampliação da participação paranaense - de 20 a 25 mil t.
Segundo o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne), no primeiro quadrimestre do ano, o Brasil exportou 71 mil t de carne suína, sendo a região Sul responsável por 80% desse total. A Rússia, que pela primeira vez passou a consumir carne suína brasileira em escala comercial, importou 35 mil t, seguida por Hong Kong (16 mil t), Argentina (12 mil t), Uruguai (3 mil t) e outros países que compram em pequena escala, totalizando 5 mil t.
No início do ano, o Ministério da Agricultura certificou a região Sul livre da peste suína, um dos grandes temores do mercado internacional, impulsionando o potencial exportador da carne brasileira.
*Leia mais em reportagem de Ana Paula Nascimento na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira