A união faz a força e a organização garante o sucesso. Um bom exemplo disso é o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos produtores de São José da Boa Vista (136 km ao sul de Jacarezinho).
Coordenado pela Associação Geral dos Produtores Agropecuários (Agepagro), o projeto já envolve 650 famílias que se dedicam a 13 atividades rurais diferentes (classificadas como câmaras técnicas) em que se destacam o leite, feijão, milho, bicho-da-seda, mel, carvão vegetal, frango de corte e açúcar mascavo.
O reflexo disso, segundo o secretário de Agricultura do município, Dilceu Bona, é o aumento expressivo na arrecadação agropecuária bruta que saltou de R$ 19 milhões (1997/98) para R$ 38,5 milhões este ano.
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Tudo começou em 1997 com um diagnóstico feito pelo Plano Municipal de Desenvolvimento Rural (PMDR) que apontou a necessidade de desenvolver ações que segurassem o produtor no campo. A cidade tem quase 7 mil habitantes e 53% deles vivem na zona rural, são pequenos produtores.
A queda na renda e na produtividade, o desestímulo, aliados a outros problemas locais como a falta de estrutura viária e a topografia acidentada do município, estavam promovendo o êxodo rural.''Quando chovia nem carroça saía daqui'', lembra o sericicultor Alaércio Oliveira. Desanimado, Alaércio chegou a abandonar a agricultura e foi embora de São José da Boa Vista para tentar a sorte vida numa cidade vizinha.
As mudanças promovidas no meio rural e os incentivos à agricultura o trouxeram de volta. Há quatro anos ele retomou a propriedade de 4,5 alqueires, trocou o cultivo de milho e feijão pela criação de bicho-da-seda e já consegue um rendimento mensal de R$ 800,00. ''Moro no que é meu e não tenho patrão'', comemora. Além da melhoria nos rendimentos e na qualidade de vida, o sericicultor ainda encontra tempo para fazer ''bicos'' na cidade.
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