O presidente da Organização Internacional de Epizootias (OIE), o italiano Romano Marabelli, disse ontem em Curitiba que "todos os esforços" desenvolvidos no Brasil para a erradição da febre aftosa estão se traduzindo na abertura do comércio europeu à carne brasileira. Especialmente os produtos originários do Paraná e dos demais Estados que conseguiram o título de área livre de febre aftosa com vacinação. O reconhecimento foi dado em 2000 pela OIE, na França.
Romano Marabelli afirmou que o País vem obtendo reconhecimento de toda a comunidade internacional devido ao trabalho de sanidade animal desenvolvido pelo setor pecuário. Isso possibilitou ao Paraná exportar carne para a Europa, como Estado livre de aftosa com vacinação. Ele também espera que a participação no programa de erradicação da peste suína venha a ter também o mesmo reconhecimento internacional.
Esta é a segunda visita de Marabelli ao Estado, mas a primeira oficial. Segnndo ele, o Brasil deu enormes passos na defesa sanitária. A visita do presidente da OIE deveu-se a um convite do Palácio Iguaçu, mas ele deve ir também para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Brasília.
O secretário da Agricultura, Antonio Polloni, ressaltou que a presença de Marabelli foi das mais importantes na questão da defesa sanitária do Estado. Há hoje 167 países que não importam ou exportam carnes sem a autorização da entidade. "Ele veio porque foi informado que o Paraná realizou o melhor trabalho na questão sanitária. A divulgação disso por parte do presidente da OIE ao resto do mundo será o ponto crucial para as futuras exportações", afirmou o secretário.
Estiveram recepcionando o visitante, no Palácio Iguaçu, o presidente da Federação da Agricultura, Ágide Meneghette, o presidente das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, o presidente do Fórum Nacional dos Secretários de Agricultura e Secretário da Agricultura de Santa Catarina, Odacir Zonta, entre outros representantes de entidades e empresários do setor. O governador Jaime Lerner fez a abertura do evento.