O governo estadual pretende que as pontes de Porto Camargo facilitem o escoamento da produção de soja da região Centro-Oeste e, na esteira, alimentem a economia. A região Centro-Oeste, formada pelo Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, é a maior produtora de soja do país, com previsão de 19,4 milhões de toneladas na safra deste ano.
Na safra passada, 26 mil caminhões com soja do Centro-Oeste entraram no Paraná para exportar 784 mil toneladas de grãos através do Porto de Paranaguá. Com a nova travessia sobre o rio Paraná, este número deve aumentar.
O novo corredor é o caminho natural e mais adequado para a exportação dessa crescente produção. Vai reduzir o custo do transporte de mercadorias, pois encurta em cerca de 100 quilômetros o trajeto entre os principais pólos agrícolas do Centro-Oeste e Paranaguá.
Antes da inauguração das cinco pontes, era preciso ir até município de Novo Mundo (MS) e atravessar a ponte de Guaíra (PR). A outra alternativa de transposição do rio era em Porto Figueira, no município de Vila Alta (PR), através de duas balsas, percorrendo 20 quilômetros dentro da Ilha dos Bandeirantes.
O aumento no tráfego de caminhões deve beneficiar diretamente os municípios da região Noroeste do Paraná, que tem 1,4 milhão de habitantes. O setor de serviços também deve ser incrementado. Em Porto Camargo, por exemplo, um hotel com 31 apartamentos foi construído e servirá como ponto de partida para excursões de barco pelo rio Paraná. A região abriga o ainda pouco explorado Parque Nacional de Ilha Grande.