O ministério do Desenvolvimento Agrário quer mudar os índices para cálculo de terras improdutivas. Para serem colocadas em prática, contudo, precisam ainda da aprovação do ministério da Agricultura.
De acordo com os novos cálculos, os agricultores e pecuaristas precisarão produzir mais. "Os parâmetros utilizados hoje correspondem a um retrato defasado da agricultura brasileira de 1975, estamos atualizando esses índice de acordo com um retrato mais recente. Nesses 30 anos, ela ganhou muito em produtividade e eficiência", aponta o coordenador do Núcleo de Estudos Agrários de Desenvolvimento (Nead) do ministério do Desenvolvimento Agrário, Caio Galvão de França.
Na pecuária, pela forma atual, o Brasil é dividido em cinco Zonas de Pecuária (ZP), de acordo com o índice de produtividade das terras. No novo modelo seriam oito zonas. Atualmente, as ZP mais fracas precisam ter 0,13 animais por hectar para serem consideradas produtivas. Cada 450 quilos corresponde a uma cabeça. As ZP mais fortes, hoje, precisam atingir 1,20 no Grau de Eficiência da Produção (GEP), equação utilizada para o cálculo. Se o novo modelo for aprovado, as mais fracas terão que apresentar 0,29 animais e as mais produtivas 1,32.
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Já na agricultura, os números variam para cada alimento. Hoje são exigidas 120 toneladas de abacaxi por hectar, por exemplo, para uma terra ser considerada produtiva. Na nova fórmula, serão 230 toneladas. O algodão, por exemplo, passa de 0,20 para 0,43 toneladas.
Informações da ABr