O preço do milho ao produtor subiu 76% no Paraná durante o último ano. Nesta quarta-feira, a saca custava R$ 17,67 no Estado, frente aos R$ 10,00 recebidos pela mercadoria no mesmo período de 2001. A conjuntura é boa para o agricultor mas não anima a indústria moageira e abatedouros de frango (que usam o milho como ração). A valorização do grão aumenta o custo de produção dessas empresas, que acabam repassando a alta para o consumidor.
De acordo com engenheira agrônoma Vera Rocha Zardo, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a valorização é explicada pela quebra de 40% na safra do milho safrinha e pela redução no plantio por causa dos baixos preços de 2001. No Paraná, a área das lavouras diminuiram 20% no ano passado e devem ter queda de mais 7,5% na safra que está sendo plantada.
O resultado é que a produção do Estado deve despencar dos 12,7 milhões de toneladas para 9,4 milhões de toneladas. A queda de produtividade também afeta outros Estados brasileiros. Em 2001, o País produziu 42,2 milhões de toneladas, volume superior aos 35,7 milhões colhidos nas duas safras deste ano.
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Outro fator que elevou os preços, de acordo com a agrônoma, foi a alta do dólar. Como o Brasil começou a exportar milho, o mercado interno teve que subir a cotação para concorrer com o mercado internacional. Esse ano, a previsão é exportar 1,5 milhão de toneladas. ''O cenário está favorável para a exportação. O dólar está caro e o Brasil oferece milho não transgênico, que é valorizado por muitos mercados.''
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